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Medina critica COB por veto a Yasmin Brunet em Tóquio: 'Estão dificultando'

Gabriel Medina e Yasmin Brunet - Reprodução/Instagram
Gabriel Medina e Yasmin Brunet Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

16/06/2021 17h09Atualizada em 17/06/2021 20h12

O surfista Gabriel Medina criticou o COB (Comitê Olímpico do Brasil) por vetar a sua esposa Yasmin Brunet na ida para Tóquio, onde serão disputados os Jogos Olímpicos.

O bicampeão mundial disse que solicitou a ida da mulher com ele ao Japão, mas teve o pedido negado, porque, segundo o COB, apenas profissionais da área técnica com experiência comprovada podem ser credenciados. Leia a nota do COB no fim do texto.

Medina e Yasmin se casaram no fim de 2020. Eles estão juntos desde o início do ano anterior.

"Tenho conversado bastante com o COB. A gente pode levar para o Japão duas pessoas dentro da comissão, e cada atleta está levando o seu pessoal. O Ítalo [Ferreira, também surfista] está levando um amigo que o ajuda, e comigo estão dificultando. Minha vida mudou, eu tinha outro coaching, outra estrutura, duas pessoas que não trabalham mais comigo, e não me deram a confirmação se vou poder levar meu atual coaching", disse Medina à CNN Brasil.

"Questionei também se posso levar a Yasmin, porque ela tem viajado comigo. Aí eles (COB) falaram que ela não tem nada a ver com o surfe, que ela não poderia ajudar a delegação. Mas e o marido da Tati (Tatiana Weston-Webb)? Ele surfa, participou do circuito mundial. Estou só questionando por que eu não posso levar? São as pessoas que me ajudam. Não é porque é melhor, é porque são pessoas que estão no meu dia a dia. Acho certo eles levarem o time deles, só que eu não sei qual a dificuldade de eu levar o meu time. Eu vou ter que viajar sozinho? Por que só comigo, sabe?", acrescentou.

Gabriel Medina é uma das principais apostas de medalha do surfe brasileiro em Tóquio. Além dele, os surfistas Italo Ferreira, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb também vão representar o país.

Medina é o atual líder Mundial de Surfe em 2021. Ele já venceu o circuito da WSL (World Surfe League) em duas ocasiões — 2014 e 2018.

Confira a nota do COB:

De acordo com o regulamento dos Jogos Olímpicos, somente um profissional que esteja credenciado na lista larga pode substituir outro. Além disso, há uma limitação de credenciais para as delegações, e a política do COB é de que os oficiais tenham funções estritamente técnicas. Em virtude desta limitação, cada atleta do surfe terá acompanhamento de um profissional da área técnica com experiência comprovada.

A limitação de credenciais para oficiais segue as diretrizes do comitê organizador, que ficaram ainda mais restritivas com intuito de proteger a saúde dos atletas por conta da pandemia. Necessariamente, o credenciado tem que ser um profissional que tenha ligação com a modalidade, e o COB seguiu expressamente este critério para a aprovação de qualquer credencial

No ano passado, o COB informou aos atletas de todas as modalidades sobre a existência do programa "Familiares e Amigos", pelo qual o comitê daria todo o suporte para que os competidores pudessem receber as pessoas mais próximas na cidade sede dos Jogos, de forma a ter por perto todos aqueles que os ajudam no dia-a-dia, inclusive com ingressos para as competições e espaço específico do Time Brasil para encontros.

Infelizmente, em decorrência da pandemia, o COB teve que cancelar este programa. O Japão impôs diversas restrições a todos os países participantes, impedindo inclusive a entrada de familiares, amigos, fãs e turistas no país durante o período dos Jogos, que também devem ocorrer sem público.


Em maio, COB e Gabriel Medina acordaram que o treinador Andy King seria oficial credenciado para atuar como treinador do atleta nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

O COB não faz distinção entre os atletas.