Minotauro festeja quebra de jejum e ganha elogio e bônus do UFC por finalização
Jorge Corrêa e Maurício Dehò
Do UOL, no Rio de Janeiro
14/10/2012 06h06
Como já havia acontecido no UFC Rio 1, em 2011, Anderson Silva foi quem mais impressionou, mas foi o veterano Rodrigo Minotauro quem levou a torcida à loucura na HSBC Arena, na terceira edição realizada na capital fluminense. Isto porque, além de bater o grandão norte-americano Dave Herman na volta de uma fratura no braço, ele voltou a finalizar, demonstrando sua especialidade: o jiu-jítsu.
A vitória no segundo round foi festejada e elogiada. Ela rendeu boas palavras do chefão Dana White, que ainda escolheu a chave de braço como a finalização da noite, um bônus de US$ 70 mil na conta do baiano, o equivalente a cerca de R$ 140 mil.
Mas não foi só. Para o baiano, além de responder às provocações de Herman, ele pôde voltar à sua origem com o jiu-jítsu.
“Eu entrei para vencer da melhor maneira que pudesse. Tive a oportunidade de montar e ir para o ground and pound, mas finalizar teve um sabor especial, terminar com o jiu-jítsu”, disse o baiano, que no primeiro UFC Rio nocauteou Brendan Schaub e levantou a galera com a vitória ainda no primeiro round de combate.
Foi a primeira vez que o veterano de 36 anos finalizou um oponente desde o UFC 81, em fevereiro de 2008, quando pegou Tim Sylvia em uma guilhotina. “Estou muito feliz com quebrar este jejum junto com a torcida do Rio de Janeiro.”
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Apesar de já ter em outras ocasiões deixado no ar que Minotauro estava pressionado pela falta de resultados, Dana White foi só elogios desta vez.
“Ele (Minotauro) explode com a minha cabeça. Não sei se vocês repararam, ele é um cara de 36 anos que se apoiou em mim para tirar o calção antes da pesagem. Mas é um guerreiro, foi um dos melhores da noite e foi uma honra vê-lo no UFC mais uma vez”, afirmou o presidente da organização.
Para Minotauro, foi uma oportunidade não só de superar a fratura de dezembro passado, contra Frank Mir, mas também de rebater a provocação de Herman, dizendo que o jiu-jítsu não funciona.
“Minha contusão foi séria, coloquei 16 parafusos e demorei um mês e meio para poder pegar um garfo e fazer coisas básicas. Mas foi uma superação e pretendo continuar assim”, disse ele.
“Herman foi desrespeitoso com o que disse, mas quando chegou aqui, não voltou a falar nisso, acho que sentiu a pressão da torcida. Lá dentro do octógono, a luta é outra”, completou.