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Clubes estão receosos com a volta do futebol na Itália; veja a situação

Allianz Stadium, de Turim, vazio recebeu a partida Juventus 2 x 0 Inter de Milão pelo Campeonato Italiano - Str/Xinhua
Allianz Stadium, de Turim, vazio recebeu a partida Juventus 2 x 0 Inter de Milão pelo Campeonato Italiano Imagem: Str/Xinhua

01/05/2020 10h00

Enquanto a situação sobre a volta do futebol não é definida, alguns clubes italianos demonstram temor de voltar à prática do esporte na atual temporada. Nesta sexta-feira, uma reunião está marcada e uma decisão pode ser tomada.

O impacto que o encerramento prematuro do campeonato pode trazer é enorme e os clubes terão que colocar na balança antes de tomar suas decisões. Caso o fim seja declarado, 220 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão) de direitos televisivos não serão pagos, causando prejuízo.

Veja abaixo como as entidades pensam a respeito.

GOVERNO ITALIANO

Vincenzo Spadafora, ministro do Esporte, deixou claro esta semana que se não houver possibilidades, a competição será cancelada, independente da vontade dos clubes.

"O Comitê Técnico-Científico está encontrando várias instituições de futebol para analisar o protocolo apresentado. Se um acordo for alcançado, as sessões de treinamento poderão ser retomadas e isso pode ter efeitos positivos no reinício das competições. Caso contrário, o governo anunciará o fechamento", disse Spadafora.

LIGA ITALIANA

A "Lega Serie A", que organiza a competição, tem o desejo de continuar o torneio, mas o presidente da entidade afirmou que só acontecerá caso os órgãos de saúde permitam.

"Estamos abertos ao diálogo construtivo. É um momento tremendo e somente com a união podemos sair disso. Queremos jogar o campeonato de novo, mas se não puder, aceitaremos as decisões do governo", disse Paolo Dal Pino.

FEDERAÇÃO ITALIANA

Na contramão disso tudo, a Federação Italiana de Futebol (FIGC) é totalmente contra o fim do campeonato. De acordo com o presidente do órgão máximo do futebol da Itália, isto seria a "morte do calcio".

"Enquanto eu for presidente da FIGC, nunca assinarei o encerramento dos campeonatos, porque isso significaria a morte do futebol italiano", disse Gabriele Gravina.