António diz que não é milagreiro e despista sobre Deyverson no Corinthians

O técnico António Oliveira reforçou sua tese resultadista após a classificação do Corinthians na Copa do Brasil, levou uma "colinha" para enfatizar que não é "milagreiro" e desconversou sobre Deyverson.

O que aconteceu

O treinador português disse que a vitória sobre o América-RN foi justa e destacou a eficiência. Ele ponderou que é cobrado pelos resultados, não concordou com as análises de que a equipe vem passando sufoco em alguns jogos e lembrou da sequência de cinco derrotas seguidas que o time vinha quando assumiu o cargo.

António também levou uma lista dos jogadores não tem à disposição e disparou que não é milagreiro. O Alvinegro paulista agora vem de cinco vitórias nos últimos sete jogos, mesmo sem encantar, tendo uma série de atletas no departamento médico e outros que deixaram o clube

Foram quase 30 finalizações. Se fossem cinco, aí ficaria preocupado. O importante é o resultado final, sempre somos julgamos por isso. Ganhamos, temos que valorizar o trabalho. Quando cheguei, me recordo do estado que vinham, cinco derrotas. Dentro das circunstâncias.

Há uma lista de jogadores que deixei de contar... O grupo é bom, mas as circunstâncias vividas são sempre desafiantes. Sou treinador de futebol, não sou milagreiro. Aquilo que os jogadores têm feito é de qualidade e ser valorizado, e não situações para criar mais pânico.

Maycon, Rojas e Cássio, baixas confirmadas, o primeiro por lesão. Pedro Henrique, Matheuzinho, Palacios e Matheus Araujo estão fora, e o Igor [voltou agora]. Sobrecarrega um bocadinho os meninos.

António ainda despistou sobre a possibilidade da chegada de Deyverson. O atacante de 33 anos está no Cuiabá e já trabalhou com o treinador, mas não interessa à direção corintiana.

Deyverson tem o clube ele, não posso falar de um jogador que está em outro clube Temos que respeitar isso. António Oliveira

O que mais António Oliveira disse

António Oliveira, técnico do Corinthians, no jogo contra o América-RN, pela Copa do Brasil
António Oliveira, técnico do Corinthians, no jogo contra o América-RN, pela Copa do Brasil Imagem: Ettore Chiereguini/Agif

Resultado justo: "É uma classificação justa, da melhor equipe durante os dois jogos. Vitória justa nesse jogo, nem se põe a questão a quantidade de finalizações. No final temos mais um gol, 4 a 2 [no agregado], não merece qualquer tipo de discussão. No futebol não há adversários fáceis. Tanto a classificação quanto a vitória de hoje não merecem contestação".

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Sufoco? "Não há jogos iguais. Contra o Fluminense, passamos sufoco? Contra o Argentinos, jogo há sete dias e com os mesmos jogadores? Não há adversários iguais. Não é PlayStation nem Football Manager, estamos tratando com pessoas. Esperavam 10 a 0? Futebol não é isso. Fizemos nosso trabalho, fizemos bem, jogadores estão de parabéns e merecem o que estão a viver dentro das dificuldades que estamos sentindo".

Juventude e experiência: "Os meninos que estão a jogar são os que estão prontos. O problema do Corinthians não vai se resolver com dez miúdos da base, um misto de maturidade que tem que estar dentro de campo, buscando equilíbrio da equipe".

Utilização de Coronado e Bidon de 'pantufas': "Estava no banco... Quando eu achar que deve entrar, vou utilizá-lo de acordo com as minhas necessidades. [Jogar junto de Garro] Uma coisa que estou farto de falar: nunca vou abdicar do equilibrio da equipe. Sou responsável e me pagam para isso. Não é PlayStation, 'deixa eu ver quem tem mais técnica'... E o papel do Bidon, a andar de pantufas? E só falamos do Rodrigo e do Igor? Valorizar todos e reconhecer o papel. Vou servir de forma responsavel o que penso que é o melhor para o clube".

Próximo jogo: "Também precisamos descansar os jogadores, eles têm sido solicitados de forma consecutiva. Agora é preparar da mesma forma séria e responsável. [Racing-URU é] adversário completamente diferente, competição diferente e jogo para decidir quem será o 1º classificado do grupo. Queremos ganhar mais uma vez para nos classificarmos direto às oitavas da Sul-Americana".

Carlos Miguel com potencial de seleção: "Carlos é alguém que se preparou muito tempo para ter essa oportunidade. Não vai acertar sempre, um dia vai errar, mas é jogador com potencial enorme. Se ele quiser, pode atingir patamar altíssimo dentro do futebol brasileiro, chegar à seleção".

Janela de transferências: "Competição mais desafiante que temos é o Brasileiro. Para estarmos nas três frentes, temos que ter mais profundidade. Nessa perspectiva, a janela vai ser importante para definir se vamos manter outras competições. Não se pode jogar de três em três dias... Estou muito satisfeito com o elenco, mas precisa fazer alguns reajustes importantes e vamos estar em três frentes. Temos, como gente ambiciosa, nossas pretensões. (...) Temos falado [com diretoria e Fabinho Soldado], trabalhar em prol do clube. (...) Direção já sabe a folha que já enviei, vão nos ajudar a tornar o Corinthians mais forte".

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Blindagem das turbulências extracampo: "Sendo o mais sincero e honesto, passamos completamente ao lado. Evidente que somos capazes de ler noticias, sou anti redes sociais... Conseguimos porque somos gente ambiciosa que estamos aqui para ajudar o Corinthians nas competições. Fomos muito focados para este jogo e foi uma semana completamente normal dentro do nosso grupo. Somos uma família, nos damos muito bem".

Possibilidade de perder Wesley para a Europa: "Ah, sim, estou preocupado, evidente. Quero comigo aqueles que podem nos ajudar, Wesley tem sido fundamental. Me preocupa enquanto treinador e quero que ele fique".

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