Preocupado? Carpini fala o que pensa sobre sombra da demissão no São Paulo

O técnico Thiago Carpini afirmou que não está preocupado com a sombra da demissão que o cerca no comando do São Paulo.

O que aconteceu

O treinador são-paulino disse que está "tranquilo" e que a possibilidade de ser demitido não o preocupa. Ele deu a declaração na entrevista coletiva após a derrota por 2 a 1 para o Fortaleza, no MorumBIS, na primeira rodada do Brasileirão.

Carpini fez uma autocrítica, exaltou o profissionalismo do clube e pediu paciência. O comandante do Tricolor enfatizou que está dando o seu melhor e ponderou que o time precisa voltar a ganhar para dar sequência ao trabalho.

Acho que ao futebol tem se profissionalizado mais. Vejo clubes melhores preparados na tomada de decisões. Diretores entendendo que processo não é de uma hora pra outra, que é continuidade. Nosso nível de profissionalismo não pode estar só atrelado ao resultado. Resultado é o que move, mas também é o dia a dia, o comando, o trabalho, a gestão, o respaldo. Resultado precisa acontecer, senão a troca é inevitável. Estou muito tranquilo, [demissão] não é o que me preocupa. Thiago Carpini, em coletiva

Trabalho todos os dias para evoluir, isso não é uma coisa que me preocupa. A minha responsabilidade comigo mesmo é de fazer o meu melhor, continuo acreditando que futebol precisa caminhar para um pouco mais de longevidade, paciência. Não estou só falando isso pelo momento que vivemos, é o que acredito. A gente precisa ter um pouquinho de paciência. A gente entende todas as criticas, acabam que em algumas situações dirigente pode tomar decisão precipitada quando não se tem um trabalho como aqui no São Paulo, muito lúcido, profissional.

O que mais Carpini disse

Autocrítica: "O meu melhor tenho certeza que estou dando, se não é o suficiente, não é uma avaliação minha. Todos têm o direito de opinar. Certeza que faço o meu melhor, que sou competente, que cheguei aqui com com trabalho, conquistando, estou no início da minha caminhada. Não tenho duvida em relação a isso, estou bem tranquilo. Não era o momento que queria estar vivendo, sem dúvida. Sempre tem coisas a melhorar. estou bem tranquilo, sigo trabalhando e fazendo meu melhor. [Se é o suficiente?] Aí não sei, não sou eu que avalio. Precisamos voltar a vencer".

De quem é a culpa: "A maior parte da culpa é minha, assumo. Muito fácil e cômodo apontar erros, mas não é meu papel. O que tenho que tratar pontualmente, trato internamente. Sou muito chato cobrando, não sei como jogadores gostam de mim. Tenho relação boa de falar a verdade, cobro. Digo que não vou falar o que eles querem ouvir, mas sim o que precisamos melhorar, começando por mim. Dividimos responsabilidade. Normal achar que o treinador é culpado, faz parte, é o ônus da profissão. Jogadores são muito solícitos em dividir a responsabilidade, se cobram muito, sabem que precisamos evoluir. Não tem da minha parte que expor ninguém, tenho que falar dos meus erros. Por ser jovem, vou errar e acertar muito na minha carreira. Responsabilidade é voltada mais ao comandante, não me incomodo, quero que jogadores estejam tranquilos, em paz para desenvolver o que precisamos. São parcelas de responsabilidade, mas isso tratamos internamente".

Recado para o torcedor: "Difícil nesse momento pedir paciência para o torcedor do São Paulo, que em todos os jogos faz festa linda no Morumbi, a gente se sente cada vez mais chateado por não dar resposta que gostaríamos, de estrear bem com vitória, torcedor ir embora feliz. A gente entende a chateação, é a nossa também. O que posso dizer é que seguimos trabalhando. Paciência, por mais que seja difícil, mas precisamos evoluir, ver o que temos de melhor, aspectos físicos, sequência de jogos, retorno de quem esta fora. Chateação é a nossa, e parabenizar o torcedor. O ponto positivo nesse momento turbulento é o torcedor".

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Respaldo de Muricy: "É um ícone, a gente fala constantemente sobre os desafios, as dificuldades, esse ênus de toda pressão. Já me disse que é dificuldade que faz parte da carreira do treinador, ele fala que não vai passar uma ou duas vezes, mas que os momentos bons voltam. Disse depois do Cobresal: 'Eu já fui vaiado no Morumbi, chamado de burro, mas segue nas suas convicções'. Conversamos muito nesse aspecto, ele e toda a diretoria são muito discretos, me dão muita autonomia, conversamos, mas escolhas são minhas. Ouvir é muito importante, principalmente em adversidade, bom ter gente assim do lado".

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