Leila Pereira, presidente do Palmeiras, foi convocada por Dorival Jr e será chefe de delegação da seleção brasileira nos amistosos contra a Inglaterra e a Espanha no final do mês.
O que faz um chefe de delegação
O chefe de delegação da seleção desempenha um papel simbólico. Ele é responsável por acompanhar os treinos e representar a CBF em encontros com dirigentes de outras federações.
Cargo é utilizado para estreitar relações, como forma de agrado político concedido por quem manda na CBF.
Por isso, historicamente, a entidade indica dirigentes ligados ao mundo do futebol. Outros nomes que também já passaram pela posição são: Andrés Sanchez (ex-presidente do Corinthians), Vilson Ribeiro de Andrade (ex-presidente do Coritiba), Mustafá Contursi (ex-presidente do Palmeiras), João Havelange (ex-presidente da CBD), Paulo Machado de Carvalho (ex-presidente do São Paulo), entre outros.
"Regra" quebrada após 40 anos. Apesar de ao longo das últimas décadas o papel ter sido dado a dirigentes ligados a clubes e federações, na Copa do Mundo do Qatar, a posição foi ocupada pelo próprio presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Até então, o último presidente da entidade a ser chefe de delegação havia sido Giulite Coutinho, na Copa de 1982, na Espanha.
João Doria foi outro a fugir à regra. Apesar da tradição, o ex-governador de São Paulo e empresário também já ocupou o cargo ao ser convidado para o posto de chefe de delegação durante a Copa América de 2015. Na ocasião, o convite foi feito pelo então presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.
A posição, no entanto, já teve mais importância. Chefe da delegação brasileira nas Copas do Mundo de 1958 e 1962, Paulo Machado de Carvalho foi responsável pelo planejamento que resultou no bicampeonato mundial. Por isso, ganhou o apelido de "Marechal da Vitória".
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