Hoje na zaga, autor do gol do título de 2016 já previa sucesso do Palmeiras

Fabiano tem o nome marcado na história do Palmeiras. O gol dele contra a Chapecoense, na penúltima rodada do Brasileirão de 2016, acabou com o jejum do Verdão na competição que durava desde 1994. Além disso, abriu caminho para tudo que acontece atualmente com o time.

O lateral, que se firmou como zagueiro na Europa e defende o Aris, da Grécia, já naquela época previa o sucesso que o tempo confirmou.

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O que aconteceu

O gol marcado por Fabiano garantiu o título com uma rodada de antecedência. O time tinha conquistado a Copa do Brasil no ano anterior, mas no Brasileirão vivia uma seca de 22 anos.

Depois daquela taça, o Verdão embalou totalmente, conquistando os Brasileiros de 2018 e 2022, além das Libertadores de 2020 e 2021, da Recopa de 2022 e da Copa do Brasil de 2020.

Fabiano jogou no Palmeiras em 2016 e 2017, depois esteve no Internacional, na campanha do terceiro lugar no Brasileirão 2018, ano em que o Colorado voltava da Série B, antes de iniciar carreira na Europa, onde passou por Boavista (POR), Denizlispor (TUR) e atualmente está no Aris (GRE). Antes, tinha jogado em Chapecoense e Cruzeiro, também no Brasil.

Naquela época, o Palmeiras estava se reestruturando. Mas posso afirmar que a estrutura, o que o clube oferecia para o atleta, já estava num nível muito alto. Principalmente na parte de recuperação, fisioterapia, campos de treino, alimentação, toda essa parte já com hotel no CT para concentração... Muitos jogadores já até ficavam mais tempo no CT aproveitando a estrutura que o clube oferecia. Isso já mostrava o que o Palmeiras vive hoje em dia. Isso faz uma diferença muito grande e fez desde aquela época. Hoje em dia o Palmeiras sempre busca e briga por títulos. Com certeza desde aquela época já ajudava" Fabiano, jogador do Aris, ao UOL.

Veja a entrevista completa

Passagem pelo Palmeiras. "As lembranças que carrego da passagem pelo Palmeiras são muito boas. Principalmente pela conquista do Brasileiro de 2016, pelo gol do título, sempre estará na minha memória, é um momento especial. Mas também pelas amizades, um momento positivo, de aprendizado, num grande clube, com uma pressão enorme, mas são esses momentos bons que fazem com que a gente tenha uma lembrança agradável. E o gol que ficará na minha memória para o resto da vida"

Carreira na Europa. "A minha fase fora do Brasil é uma das melhores experiências da minha carreira. Sabemos que a adaptação não é fácil, mas facilitou porque entrei por Portugal. Como tem a mesma língua, a adaptação foi mais simples. Nos outros países, como Turquia e Grécia, são culturas diferentes. Mas no dia a dia, o convívio com os atletas e todo estafe, além das culturas dos países, é necessário se adaptar. Parte muito do interesse pessoal de tentar se adaptar o mais rápido possível"

Hoje zagueiro. "Fiz toda base como zagueiro e fui deslocado para lateral na época da Chapecoense, já no time principal. Desde minha ida para o futebol europeu, já no primeiro ano fui deslocado para zagueiro e é onde tenho atuado hoje em dia. Com certeza essas características mais defensivas me fizeram adaptar um pouco mais rápido. Joguei como lateral uma partida ou outra, só por necessidade. A maioria dos clubes que passei jogava com três zagueiros e eu fiz o zagueiro do lado direito. Nos últimos três anos jogo como zagueiro".

Volta ao Brasil? "A questão de voltar ao Brasil ou não, o principal e o que sempre tento focar é no momento, no clube pelo qual estou atuando... Sei da qualidade e acompanho muitas vezes jogos pelo Campeonato Brasileiro, da Libertadores... É um pouco complicado pelo fuso horário, estar seis horas à frente do Brasil... Mas sei que tem grandes jogos e jogadores. Mas meu foco sempre será o momento, e nesse momento tenho mais um ano de contrato pelo Aris. Por enquanto, me reapresento para a próxima temporada e vou fazer o melhor. Não sabemos do que pode surgir. Quando surgir, o principal é estar pronto e preparado para os desafios".