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Ronaldo defende Neymar, mas não declara voto: 'Em 2014 fui massacrado'

 Ronaldo Nazário, dono do Cruzeiro, durante entrevista coletiva que concedeu hoje (25) em São Paulo - Arthur Sandes/UOL
Ronaldo Nazário, dono do Cruzeiro, durante entrevista coletiva que concedeu hoje (25) em São Paulo Imagem: Arthur Sandes/UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

25/10/2022 12h33

Ronaldo Fenômeno prefere não tornar público o seu apoio na eleição presidencial do Brasil deste domingo (30). O ex-camisa 9 da seleção e atual dono do Cruzeiro foi questionado sobre o voto em uma entrevista coletiva, hoje (25), e preferiu fazer segredo.

"Todo mundo tem o direito de declarar seu voto em quem quiser, e ninguém pode julgar isso, principalmente quando se trata de um lado ou de outro. Esta visão tem que ser muito mais justa ao falar de uma declaração de voto. Muitas vezes a gente viu a própria imprensa cobrando nossos atletas por um posicionamento político e, quando ele tem, é massacrado", argumentou Ronaldo ao falar sobre o posicionamento de Neymar, que declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição contra Lula (PT).

O apoio de Neymar a Bolsonaro se tornou público no mês passado, em um vídeo publicado nas redes sociais do jogador e de um membro do governo. A declaração de voto virou propaganda eleitoral de Bolsonaro, veiculada na TV, e Neymar participou inclusive de uma live do presidente, no último domingo (23).

"[Criticar Neymar] É uma injustiça muito grande. Sofri isso na pele quando declarei meu voto no Aécio, em 2014, e fui massacrado. Por isso não vou declarar meu voto [nesta eleição], por experiência própria. O Neymar e qualquer cidadão tem o direito de declarar seu voto e não ser criticado por isso", completou Ronaldo.

Há oito anos, o ex-jogador foi cabo eleitoral de Aécio Neves e subiu até em trio elétrico durante a campanha presidencial contra a então presidente Dilma Rousseff. Em 2018, após denúncias de corrupção envolvendo o político do PSDB, Ronaldo disse que "ninguém se salvou naquela eleição".