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Diniz lamenta queda na Copa do Brasil e justifica entrada de Felipe Melo

Fernando Diniz, técnico do Fluminense, gesticula com jogadores durante jogo contra o Corinthians - Alexandre Schneider/Getty Images
Fernando Diniz, técnico do Fluminense, gesticula com jogadores durante jogo contra o Corinthians Imagem: Alexandre Schneider/Getty Images

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

16/09/2022 00h03

O técnico Fernando Diniz lamentou a eliminação do Fluminense na semifinal da Copa do Brasil, após derrota por 3 a 0 para o Corinthians, nesta noite (15), na Neo Química Arena. O treinador lembrou o empate no Maracanã e avaliou que o Tricolor teve bons momentos no duelo em São Paulo, mas admitiu que o Timão passou com méritos.

O primeiro confronto terminou com a igualdade em 2 a 2. O time das Laranjeiras vencia até os minutos finais, quando Michel Araújo afastou mal uma bola, o Corinthians foi ao ataque e conseguiu evitar a derrota. No confronto de hoje, Diniz enxergou equilíbrio, disse que o Flu jogou bem "principalmente no segundo tempo" e ressaltou que o placar não traduz o que foi apresentado.

"Acho que, para falar do jogo de hoje, temos de falar do jogo na primeira perna, no Rio, em que tivemos a chance de abrir uma vantagem boa... 2 a 1 em um jogo em que estávamos muito perto de fazer o terceiro e, no final, acabamos cedendo o empate. Foi um lance em que acabamos entregando bolas que, dificilmente, erramos. Hoje o jogo foi muito equilibrado. O Corinthians teve mérito, marcou bem, mas a gente jogou bem também em boa parte do jogo, principalmente no segundo tempo, quando voltamos pressionando muito. Tivemos um número grande de escanteios, chegadas no último terço do campo, e eles souberam se defender", disse.

"O resultado de 3 a 0 não demonstra, de maneira alguma, o que foi a partida. Muito cruel o resultado final do jogo, mas o Corinthians teve méritos. Méritos lá, de aproveitar as chances, e hoje fizeram uma partida muito boa, muito equilibrada, principalmente no aspecto defensivo. Então, passou com justiça", completou.

O comandante do Fluminense também foi questionado sobre a entrada de Felipe Melo — na vaga do zagueiro Manoel —, que marcou um gol contra já nos acréscimos da partida. Diniz elogiou o camisa 52 e justificou a substituição apontando se tratar de um jogador que ajudaria na saída de bola, movimento que poderia evitar os avanços do time de Vítor Pereira.

"Felipe Melo é um cara que se dedica ao máximo para continuar jogando em alto nível. A entrada dele... O Corinthians estava dando contra-ataque, realmente, mas uma das coisas para evitar contra-ataque é melhorar a saída. O Felipe não entrou mal, a gente foi criando e com chance de empatar o jogo. A gente toma o segundo gol, que não foi de contra-ataque. Estávamos bem mexidos, colocamos o time para frente e, pela estrutura, acabamos tomando o gol. Não dá para pontuar em cima do Felipe Melo. Entrou para dar mais qualidade na saída e fez isso. O resultado foi muito cruel, não diz o que foi o jogo. Embora ele tenha as dores, ele consegue ajudar. Ele tem qualidade para jogar, inteligência. Entrou bem. Teve a infelicidade no terceiro gol, que acontece. É um jogador que gosto, que é de outra prateleira, e que está sempre nos ensinando alguma coisa", afirmou.

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Faltou elenco?

"Não acho que tenha faltado elenco. Já falei mais de uma vez que eu gosto do elenco do Fluminense. Estou aqui no Fluminense há quatro meses, e o Nonato estava jogando de titular fazia dois meses. Então, foram dois meses e pouco... Foi um time que se encontrou. A gente teve a perda do Luiz Henrique, e aí entrou o Matheus Martins. Foi um time que começou a jogar junto e se conhecer dentro do campo. Os jogadores que entraram são jogadores ótimos, já falei mais de uma vez que o elenco foi bem montado, muitos jogadores que estão aqui, quando estive em outros clubes, tinha pedido a contratação. Não foi falta de elenco. Hoje o jogo foi com outra característica, jogo diferente do jogo no Rio de Janeiro. Mesmo que estivéssemos com os mesmo jogadores, o jogo tenderia a ser mais difícil que o do Rio".

Equipe melhora após levar gols ou segundo tempo?

"Contra o Fortaleza, por exemplo, embora tenhamos jogado melhor no segundo tempo, a gente fez um bom primeiro tempo também e tomou dois gols. Não é toda vez que a gente melhora no segundo tempo. Hoje tinha outra característica. Corinthians recuou, a gente colocou o time um pouco mais para frente, e Nathan entrou bem. Mas isso também vale quando estava com André e Nonato, não é por causa dos desfalques. Às vezes, em algumas situações, o time melhora. [Apos levar o gol] Acaba tendo de se encorajar mais, propor mais o jogo, movimento meio natural, mas não acho que a equipe melhorou apenas quando tomamos gol ou no segundo tempo. Houve partidas em que foi ao contrário".

Flu foi vazado nos últimos oito jogos

"Em relação à equipe tomar gol, é uma coisa que a gente está tentando melhorar. Hoje, se pegar o gol do Corinthians, o primeiro, foi um gol de fora da área, na qualidade do Renato Augusto, a bola desvia no Manoel e entra. Chutes assim tivemos, mas não entrou. É difícil fazer uma análise do por que está tomando tanto gol. No começo da minha participação aqui, a gente estava tomando pouco gol, produzia menos e tomava pouco gol. E, agora, estamos em busca deste equilíbrio. Se for pegar os números do Fluminense, tantos gols que criamos ao sair jogando e levamos por levar bola longa sem necessidade... É uma coisa para a gente pensar. No primeiro gol, fizemos uma bola longa, e o segundo e terceiro já estávamos com a estrutura mexida, e isso tem a ver com as mudanças em busca do empate".

Wellington e Martinelli

"Achei que seriam os melhores. São jogadores que treinam muito juntos, no time reserva. Wellington é um jogador da posição, acostumado à posição. Já falei mais de uma vez que acho ótimo jogador e vou continuar falando. E o Martinelli a função de origem é essa. Achei que era a dupla que se encaixaria nesse jogo. A gente vai falar em erro porque tomou um gol do Corinthians no primeiro tempo. Equipe não jogou mal no primeiro tempo, quando tomamos gol era um dos melhores momentos que estávamos. Não me arrependo de ter iniciado com Wellington e Martinelli de forma alguma".

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