Palmeiras e Adidas se reaproximam após fim de relação tenso em 2018
As recentes conversas entre Palmeiras e Adidas, reveladas pelo blog do jornalista Danilo Lavieri, do UOL Esporte, ensejam a possibilidade de retomada de um relacionamento antigo, longo e duradouro entre a marca e o clube. Mas que terminou, em 2018, devido a descontentamentos, por parte do Alviverde, e recusa da empresa de origem alemã quanto a elevar o valor dos repasses.
Foi em 2017 em que as partes decidiram não prosseguir com a negociação para extensão do vínculo que valia até o fim de 2018 e havia se iniciado em 2006. O motivo, entre outros, foi o fato de a Adidas não ter chegado nem perto de oferecer algo próximo ao que constava no acordo da empresa com o Flamengo.
Pelo contrato então em vigor, o Palmeiras recebia aproximadamente R$ 20 milhões/ano da fornecedora. A meta era pelo menos chegar perto dos cerca de R$ 37 milhões que o Rubro-Negro amealhava.
O valor recebido pelo clube carioca na época equivaleria, hoje, a R$ 67,5 milhões, com o montante corrigido pelo índice IGP-M (Índice geral de preços de mercado). A quantia é pouco menor do que o Flamengo leva atualmente em seu acordo com a Adidas. De acordo com reportagem do UOL Esporte de janeiro deste ano, dependendo de metas esportivas e comerciais atingidas, o Rubro-Negro projeta receber até R$ 75 milhões por ano da empresa.
O Palmeiras também se queixava da capilaridade dos canais de distribuição, que considerava baixo, bem como do não-cumprimento da promessa de internacionalização da marca Palmeiras, por meio da comercialização de peças no mercado externo.
Relacionamento com a Puma começou bem e teve campanhas marcantes
A Puma acertou sua chegada ao Verdão em 2018, e começou o fornecimento em 2019. Para seduzir o Palmeiras, além de pagar mais, a companhia concedeu exclusividade ao Palmeiras no mercado local.
O contrato da Puma com o Palmeiras previa um mínimo anual de R$ 25 milhões, além de pagamento de royalties por peças comercializadas, que poderia elevar em muito o tamanho do repasse.
A Puma também colocou o Palmeiras num patamar premium entre seus contratados, dedicado aos seus principais clubes parceiros pelo mundo. A empresa montou uma equipe de marketing exclusiva para pensar campanhas para as peças do clube. Tais como as marcantes "Verde é a cor da inveja", de 2019, e "Onde quer que seja verde", de 2021, que falava de inclusão e pluralidade.
Em junho de 2021, no último ano da gestão Mauricio Galiotte, Palmeiras e Puma chegaram a um acordo para renovar o contrato até o fim de 2024.
Mas, desde o início da gestão Leila Pereira, a relação vem se deteriorando. Em sua campanha presidencial, Leila prometeu camisas oficiais a valores menores, algo que descontentou a Puma, por ser comercialmente ilógico, além de vetado por contrato.
Conforme o UOL Esporte apurou com algumas fontes, a Puma também lamentava dificuldades no trato cotidiano com o clube, devido à redução de pessoal e ao menor conhecimento técnico de alguns dos profissionais remanescentes depois de algumas demissões feitas pela mandatária.
Adidas é parceira histórica do Alviverde
A empresa das três listras é a marca que vestiu o Palmeiras por mais tempo e, sem dúvida, é uma das mais marcantes nos quase 108 anos da História alviverde.
São da Adidas alguns dos modelos icônicos dos anos 1980 e 1990, como as camisas com patrocínios de Agip, Coca-Cola e o primeiro com o logo da Parmalat, de 1992.
A Adidas também concebeu as camisas verde-limão, do fim dos anos 2000 e dos anos 2010; a azul com a marca da Samsung e a Cruz de Savóia como escudo, de 2009; e a amarela da cor da seleção brasileira, de 2014.
Também foi vestindo Adidas que o Palmeiras conquistou seus mais recentes campeonatos brasileiros, em 2016 e 2018.
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