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Fla assusta em ensaio contra o Galo, e Dorival tem tempo curto por mudanças

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

20/06/2022 04h00

Com o ânimo renovado após vencer o Cuiabá e interromper uma série de três derrotas seguidas no Brasileiro, o Flamengo chegou para o duelo contra o Atlético-MG com a missão de ratificar alguma evolução em seu jogo.

O que era uma convicção do técnico Dorival Jr., no entanto, virou pó depois de uma atuação que deixa pouco de útil para ser aproveitado. Frouxo na marcação, lento na troca de passes, ineficiente na criação e inoperante no ataque, o Fla foi presa muito fácil para uma equipe que foi superior em absolutamente todos os aspectos e venceu por 2 a 0.

As dificuldades no Mineirão já eram esperadas pelo grupo, porém a rotação baixíssima preocupa, já que os rivais estarão novamente em lados opostos em questão de dias. Na quarta-feira (22), rubro-negros e atleticanos voltam a se enfrentar em Belo Horizonte, mas dessa vez pela Copa do Brasil. Com pouquíssimo tempo para ajustes, time e treinador terão de buscar soluções para que o duelo pelo mata-mata não seja um novo pesadelo.

"Pelo que foi realizado no jogo anterior, a tendência era de crescimento. Pensamos que teríamos uma atuação superior. Temos caminhos, mas temos de trabalhar e chegar numa condição que o time consiga fazer as movimentações necessárias para que as coisas fluam de uma maneira mais natural. Tivemos pouco jogo entrelinhas, o Atlético se sentiu confortável, pouco agredimos. Sei que é um processo, a equipe ainda vinha oscilando, mas temos de acelerar", disse Dorival.

"Parece clichê, mas é início de um trabalho, estamos tentando nos adaptar. A gente deveria ter feito mais, vamos ver o que a gente fez errado ou não fez para que a gente chegue na quarta e crie mais", justificou Arão à "Globo".

Em Belo Horizonte, o Rubro-negro repetiu seus piores momentos no ano e foi incapaz de agredir o Alvinegro. Muito espaçado, o time foi frágil coletivamente e as individualidades sucumbiram. Fisicamente, o domínio adversário também fez diferença na construção do resultado.

"Acredito que temos de trabalhar ainda mais, não tem outro caminho. Fizemos apenas cinco treinos. Não que isso justifique, mas é natural que mudemos algumas coisas. Para que tudo se fixe, tem de repetir, ter volume de treinamento. Tivemos algumas coisas positivas, mas temos de encontrar um caminho e uma regularidade. Não podemos oscilar demais no Brasileiro. É uma mudança de chave (jogo pela Copa do Brasil), outro tipo de competição. Temos de ter a postura que o torcedor conhece", afirmou o treinador.

Com apenas uma sessão de treinos programada até quarta-feira, o Flamengo terá de fazer mudanças mais na base da conversa e da postura, já que o Rubro-negro que volta a campo deverá ser praticamente idêntico ao que foi esmagado pelo Galo nesse primeiro ato. Com mais esse tropeço, os rubro-negros estacionaram na 12ª posição.

Em um ambiente cercado por desconfiança de parte da torcida, o Fla deu munição paras as críticas e a pressão vai subir caso o mau futebol reapareça na quarta. Hoje (20), o elenco se reapresenta e vai ter de buscar saídas para que a última impressão seja desfeita.