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Auxiliar evita mérito próprio e atribui vitória à dedicação no Palmeiras

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/05/2022 19h33

O auxiliar João Martins, que comandou o Palmeiras na vitória sobre o Santos, na tarde de hoje (29), devido à suspensão de Abel Ferreira, evitou falar de mérito próprio pela invencibilidade nos 14 jogos em que esteve à beira do campo. Para ele, o triunfo no clássico se deve à dedicação dos atletas alviverdes.

"Nem sempre se ganha pela técnica, mas é uma coisa que exigimos e nossos jogadores têm sido fantásticos. Se não vai por técnica, vai por atitude, raça, entrega, dedicação. Só a técnica não ganha. Hoje jogamos bem... vontade, entrega, dedicação não faltou a nenhum deles. E foi por isso que ganhamos o jogo", avaliou Martins.

Perguntado sobre os 14 jogos sem perder quando substituiu Abel pelo Verdão, o auxiliar desviou dos louros.

"No Brasil, é primeira vez que separam as duas coisas. Porque não faço nada sem o Abel a dar o ok. Nada mesmo. Sou eu que estou lá a fazer o que ele faria. Todas as decições vêm da parte dele. Nos jogos em que ele não está presente temos que trabalhar mais, não podemos falhar nada", assegurou ele, que disse que o elenco se preparou para todos os cenários possíveis para o clássico na Vila Belmiro.

"Desde a equipe ficar com dez, perder um zagueiro, jogar contra dez, estar a perder ou a ganhar. Ficou tudo encaminhado", disse.

Com a vitória ante o Santos, o Verdão lidera o Campeonato Brasileiro, com 15 pontos, os mesmos do Corinthians, segundo colocado pelo saldo de gol. O próximo compromisso palmeirense será no próximo domingo (29), diante do Atlético-MG, às 16h.

Veja outras respostas de João Martins na coletiva de imprensa:

Semana livre. Qual o impacto?

"São semanas perigosas, na minha opinião. Porque a maioria dos jogadores está habituada a ter jogos no meio de semana. Eles se preparam para isso, o que faz com que a máquina do jogador tenha que se adaptar a um contexto diferente. Essas coisas não se mudam em uma semana, não conseguem descansar em uma semana. Temos que fazer com que a máquina deles não tenham adaptações. Estamos com cinco meses sempre com jogos no meio de semana, e não podemos cometer o erro de entrarmos frescos no domingo. Descansar, sim, é importante, fisicamente e mentalmente. E depois prepará-los para entrarem bem."

Pode encerrar a rodada na liderança. O que isso representa depois do início do time no Brasileirão?

"Queremos ganhar todos os jogos, mas nem sempre é possível. Felizmente conseguimos recuperar daquele início, de três jogos sem ganhar. Não olhamos muito para a tabela. No Brasileiro, a diferença de pontos entre o G4 e quem está em 13º são três ou quatro pontos. Se perdermos dois, ficamos em quinto ou sexto. O que trabalhamos é que, no final das 38 rodadas, estejamos na primeira colocação. Vamos tropeçar como todas as equipes, mas o importante é que nos mantenhamos estáveis."

Murilo saiu machucado. O que foi? E Luan ficará à disposição?

"O Luan teve uma lesão grave no ombro, está quase há três semanas e meia. Sabíamos que seria assim. Teria que fazer uma pré-temporada dentro da competição, então preparamos o Luan, com treinos específicos para ele. Chamamos meninos da base para treinar com ele. E a partir de terça estará conosco disponível. Quanto ao Murilo vamos esperar as 48 horas para fazer os exames, e o que tiver que ser será."

Palmeiras não pôde contar com oito jogadores, além de Gómez e Atuesta a partir de agora. Como não estourar essa carga de jogadores e como preparam os meninos para caso seja preciso?

"Esses meninos estão há dois meses e meio treinando conosco todos os dias no elenco profissional. Nunca mais foram ao sub-20. E estão conosco no dia a dia, na exigência que é treinar no Palmeiras, não dá pra relaxar e ter dias de folga. O Naves entrou muito bem, como já entrou o Fabinho. E independentemente de ter 25 ou 26, ou 18 ou 19 anos, nós acreditamos no trabalho deles que estão conosco. E não temos problemas em colocá-los a jogar, porque todos os dias mostram competência, qualidade, trabalho e vontade. E deixam nossos mais velhos alertas."

Santos melhor no primeiro, Palmeiras melhor e reativo no segundo. Esperavam o Santos usando de estratégia parecida com a do Palmeiras?

"Qualquer treinador quer ter a bola 100% do tempo, mas isso não é possível, temos um adversário do outro lado, com suas armas e estratégias. Nós fizemos nossa reflexão no intervalo, e optamos pela verticalidade e objetividade em nosso jogo. E aí o Santos teve mais a bola. Precisávamos ter rendimento nas nossas ações, cruzando, chutando mais vezes, chegar à área com mais jogadores. E isso fez diferença. Assumimos mais os riscos, e jogamos para fazer gol, e não para ter ações de 20, 30 ou 40 segundos."

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