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Com status de craque e camisa 10, Goulart custa a engrenar no Santos

Ricardo Goulart em ação pelo Santos, na vitória sobre a Universidad Católica-EQU, pela Sul-Americana - Ivan Storti/Santos
Ricardo Goulart em ação pelo Santos, na vitória sobre a Universidad Católica-EQU, pela Sul-Americana Imagem: Ivan Storti/Santos

Lucas Musetti Perazolli

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

14/04/2022 04h00

Ricardo Goulart foi anunciado em janeiro como solução no Santos. Camisa 10 com as boas-vindas de Pelé, maior salário do elenco e a confiança do executivo de futebol, Edu Dracena. Na prática, porém, a expectativa ainda não se cumpriu.

Goulart alternou bons e maus momentos e tem quatro gols e duas assistências em 13 jogos pelo Santos — todos eles como titular. Ontem (13), após atuação ruim do meia-atacante na vitória por 3 a 2 sobre a Universidad Católica-EQU, na Vila Belmiro, pela Copa Sul-Americana, o técnico Fabián Bustos reconheceu a dificuldade que o atleta tem enfrentado.

"De todas as partidas comigo, foi a pior de Ricardo [Goulart]. Mas veio uma sequência de partidas, a responsabilidade é minha para escalá-lo. Ele está bem, treina bem, é muito profissional. De cuidado, alimentação, pontualidade, de trabalho... Não foi uma boa partida dele. Confio muito no Ricardo. Hoje [ontem, quarta] não teve uma grande partida, mas pode ser pela escalação, onde esteve no campo, por não ter o descanso necessário. O grupo está forte, bem. Agora, é tratar de estar todos bem e, quando a equipe precisar, estar na plenitude para fazer o melhor para a equipe", disse Bustos, cogitando um rodízio para Goulart no time titular.

Ricardo Goulart, aos 30 anos, está bem fisicamente e lidera alguns testes de performance no Santos. Mesmo assim, a readaptação ao ritmo do Brasil depois de seis temporadas na China — com exceção a dois meses no Palmeiras —, é difícil.

No início do ano, Fabio Carille idealizou o reforço como meia-atacante, bem próximo ao centroavante. "Um 9,5", disse o treinador. Com Fabián Bustos, Goulart já foi meia, como contra a Universidad, mas também segundo atacante e centroavante.

O treinador argentino é adepto da escalação de acordo com o adversário e não vê problema em mudar esquemas táticos e funções entre uma partida e outra. Mesmo assim, pretende conversar com Ricardo Goulart para tê-lo mais confortável em campo e usufruir da sua qualidade técnica, que não é discutida no clube.

Fabián Bustos analisará o Coritiba para definir o time do Santos para o duelo de domingo (17), pela segunda rodada do Brasileirão, e não descarta poupar Goulart, que foi titular em todos os sete compromissos do Peixe sob o comando do treinador argentino.

Diante do Coxa, o Santos terá o retorno de Marcos Leonardo, suspenso na Sul-Americana. Jhojan Julio e Bryan Angulo, titulares contra a Universidad Católica, fizeram gols e foram destaque, assim como Léo Baptistão, que entrou no segundo tempo e também deixou uma bola na rede adversária.

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