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Fluminense adota novo setor ofensivo após título e muda a cara para 2022

Abel Braga, técnico do Fluminense, durante partida contra o Oriente Petrolero, na Sul-Americana - Mailson Santana/Fluminense FC
Abel Braga, técnico do Fluminense, durante partida contra o Oriente Petrolero, na Sul-Americana Imagem: Mailson Santana/Fluminense FC

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

07/04/2022 04h00

O Fluminense tem uma nova cara para o restante da temporada e gera novas perspectivas sobre o elenco. O resultado positivo na decisão do Campeonato Carioca fez o técnico Abel Braga adotar um estilo de jogo remodelado, e o trio ofensivo parece sair na frente na luta por uma vaga na equipe.

Após a vitória sobre o Oriente Petrolero, na noite de ontem (6), na estreia na Copa Sul-Americana, o treinador fez elogios ao meia Ganso e o garantiu no confronto com o Santos, na primeira rodada do Brasileirão, no sábado (9). Além disso, salientou a importância da função do camisa 10 quando se tem um ataque formado por Arias e Cano.

Contratado no fim do ano passado, o comandante se mostrou um adepto de um escopo no 3-4-3, tendo dois volantes e três atacantes, explorando as saídas pelas pontas. E foi com essa formação que conseguiu importantes vitórias na sequência de 12 que alcançou. Abel, porém, passou a adotar o 3-5-2 nas últimas partidas e dá indícios de que manterá tal formação.

"Nossas peças vão mudar, mas o estilo tem que ser mantido. O Ganso já está escalado para sábado (risos). Cada vez mais está se apresentando bem", disse.

"Não é um ataque de ficar na posição, é um que se movimenta. E quando você tem dois atacantes da mesma característica você tem que ter um meia no campo. É simples. Mas aqueles que a fisiologia e preparação vetarem... É só isso que vou mudar. Vou sempre colocar o melhor que tenho", completou, em outro momento.

Após a conquista do Estadual, no último sábado, o UOL Esporte mostrou como o técnico havia desenhado o time para derrubar o Flamengo, que iniciou o torneio como favorito ao topo do pódio, e como isso passou pela alteração no desenho inicial.

Neste começo de temporada, Abel fez diversos testes e, logo nos primeiros passos, Ganso, Arias e Cano faziam parte da equipe tida como reserva, enquanto o setor ofensivo titular tinha Willian Bigode, Luiz Henrique e Fred.

O atacante argentino ganhou a vaga com a lesão de Fred, ocorrida na estreia do Flu na Libertadores. Arias vinha entrando bem — assim como Martinelli — e Ganso se destacando nos jogos em que o Tricolor utilizava o time "alternativo".

Vale ressaltar que Luiz Henrique já está negociado com o Betis, da Espanha, e se despede do clube carioca no meio do ano. Gabriel Teixeira, opção ao setor, foi emprestado ao Grêmio.

"Sobre o meio campo, sim, nós vemos uma evolução muito grande. Temos uma maneira de jogar um pouquinho diferente daquela que começou o campeonato, mas com a confiança grande porque nós usamos isso mesmo com a vantagem sobre o Flamengo, e isso desgastou muito menos a nossa equipe", apontou.

As mudanças também criam um novo panorama sobre as peças à disposição da comissão técnica. Com a utilização de um meia, Nathan, um dos reforços para 2022, por exemplo, pode ser mais utilizado.

Ele chegou ao Fluminense sob a expectativa de ser o meia que o time sentia falta na última temporada, principalmente após Ganso quebrar o braço, mas ainda não engrenou. Até aqui, foram sete partidas e 307 minutos em campo.

"O Nathan está treinando muito bem. Ele não teve oportunidade porque quando nós chegamos a essa forma de jogar, o titular está aqui [Ganso]. (...) Mas não tem absolutamente nada, vai chegar o momento dele", afirmou.

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