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Fla defende tabu de 27 anos e pega Flu para encerrar 'maldição do tetra'

Gabigol durante partida do Flamengo no Maracanã, pelo Campeonato Carioca 2022 Imagem: Jorge Rodrigues/AGIF

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/04/2022 04h00

Quando pisar o gramado do Maracanã, hoje (2), às 18h, o Flamengo estará defendendo uma soberania de 27 anos no Carioca e tentando colocar um fim à "maldição do tetracampeonato".

Em busca de seu quarto título consecutivo do Estadual, os rubro-negros terão pela frente o Fluminense, rival que impôs ao Fla uma derrota por 2 a 0 no primeiro jogo, resultado que obriga a equipe de Paulo Sousa a pelo menos repetir o placar para levar a parada para os pênaltis.

Em situação para lá de cômoda, o Flu espera repetir a jornada de 1995, quando impôs ao arquirrival sua última derrota em uma decisão de Carioca. Na ocasião, os clubes disputavam um hexagonal final, mas o confronto daquele 25 de junho definiriam o grande campeão.

Em 2010, o Rubro-negro viu o Botafogo dar a volta olímpica, porém a partida era válida pela Taça Rio. Como havia levado o primeiro turno, o Bota venceu também o returno e ficou com o título.

Após o tropeço no primeiro ato, o grupo super vitorioso chega pressionado para a decisão. O clima entre jogadores e o técnico Paulo Sousa não é dos mais amenos e o tempo de reação é curto. O Fla x Flu vale título, a manutenção de um tabu e um feito que nem a geração de Zico atingiu. Há muito em jogo no Maracanã.

Chances perdidas
Loco Abreu festeja gol sobre o Flamengo Imagem: Fernando Soutello/AGIF

Rei absoluto em território fluminense, o Rubro-negro soma 37 taças. Segundo clube com mais troféus, o Flu tem 31. Tricampeões em cinco ocasiões, os rubro-negros sempre falharam na hora de confirmar a quarta volta olímpica.

Em 1945, o Vasco impediu a conquista, repetindo a dose em 1956. Na Era Zico, o Fla teve uma nova oportunidade, porém o Flu levou o caneco e impediu a festa em 1980.

Décadas depois, o Tricolor interrompeu mais uma vez o sonho. Após as conquistas de 1999, 2000 e 2001, o Flu levou a melhor e faturou o troféu no ano seguinte. Aquela edição foi marcada por desentendimentos entre clubes e a Ferj, e ficou popularmente conhecida como "Caixão", uma referência a Eduardo Viana, então presidente da entidade e que tinha o apelido de "Caixa d'água".

Na última vez em que teve a oportunidade, um lance histórico deu o título de 2010 para o Bota. Os alvinegros levaram a melhor ao vencer os rubro-negros por 2 a 1, com direito a gol de pênalti com cavadinha de Loco Abreu. Campeão da Taça Guanabara, a equipe dirigida por Joel Santana levou também o returno e impediu a realização de uma decisão.

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