Rafinha evita apontar favorito no Paulista e destaca peso da camisa do SPFC

A um dia das quartas de final do Paulistão, o lateral Rafinha evitou apontar os times que entram no mata-mata como favoritos. O jogador afirmou que o São Paulo costuma crescer em decisões e disse acreditar que a equipe vem em uma evolução necessária para vencer o São Bernardo amanhã (22).

"O nosso foco é o São Bernardo, que é uma decisão para gente amanhã. Temos que respeitar, mas estamos jogando em casa, temos que entrar com tudo. É difícil apontar um favorito. Sabemos dos times que são maiores, que estão jogando há muito tempo, mas nosso pensamento é o São Bernardo, essa é a nossa decisão", disse, em entrevista coletiva.

Relacionadas

São Paulo treina pênaltis antes de enfrentar o São Bernardo pelas quartas

São Paulo vai às quartas do Paulista com moral após início de desconfiança

Casares diz que São Paulo deve R$ 650 milhões e não vê clube como SAF

O São Paulo chega às quartas de final do Paulistão em um bom momento após um início irregular na competição. A equipe somou apenas um ponto nos três primeiros jogos. Nos nove jogos seguintes, foram 22 pontos conquistados.

"Não arrancamos muito bem no paulista, mas a gente sabia que tínhamos enfrentado alguns problemas pela covid, isso atrapalhou um pouco. Trabalho do Rogério está sendo muito bem feito. Destaque é o nosso coletivo. Estamos melhorando a cada jogo, todos os jogadores estão tendo a oportunidade de jogar. É importante que deixa o coletivo bom e se mudar duas ou três peças, não vai fazer diferença", prosseguiu.

Um dos líderes do elenco, mesmo com apenas três meses no São Paulo, Rafinha foi questionado sobre a responsabilidade de defender o título paulista. Para o lateral, o time do Morumbi costuma crescer nos momentos decisivos, o que pode ser importante no mata-mata.

"O coletivo deixa o nosso time forte. Todo mundo sabe o peso que tem a camisa do São Paulo, nas decisões o São Paulo cresce. É um ponto positivo, quando outros treinadores elogiam a nossa equipe. Perdemos para o Palmeiras, mas fizemos um grande jogo. Estamos nessa crescente. É importante fazermos nosso trabalho. Temos que ficar com o pé no chão, trabalhar no coletivo e tenho certeza de que vamos melhorar muito nessa reta final do campeonato".

A partida entre São Paulo e São Bernardo acontecerá às 20h30 (de Brasília) de amanhã (22), no Morumbi. Um empate levará o duelo para os pênaltis.

Confira outras declarações de Rafinha em entrevista coletiva:

O que explica seu sucesso no São Paulo em pouco tempo?

Sempre fui um jogador muito comunicativo. Gosto de deixar o ambiente mais tranquilo, essa mescla entre jovens e experientes, isso fortalece o grupo. Claro, minha obrigação é dentro do campo, de desempenhar o meu melhor, mas quando não jogo tem que estar preparado pra ajudar quem está entrando. Tem que passar energia boa, num grupo de 30 pessoas é normal um estar mais chateado, outro não joga. Sempre gosto de conversar, motivar. A gente joga num grande clube, todos têm que estar felizes. Essa ligação é importante, a gente tá aqui pra ajudar, por ser mais experiente, procuro dar contribuição fora do gramado.

Função de líder do elenco e homem de confiança de Rogério Ceni

Importante, faz parte do meu caráter, da minha competitividade. O mais importante é sempre o próximo jogo. Independente de jogar ou não, estou sempre preparado, me dedico 100% nos treinamentos, isso contagia. Quando tem um jogador como eu, caminhando pro final da carreira, e sempre treinando, sempre com a mesma vontade, sempre me entregando nos jogos, tenho certeza de que o olhar dos jovens... isso aí contagia. Fico feliz que eu sempre deixei claro que sou muito competitivo e, enquanto as pernas estiverem me obedecendo, quero dar sempre 100%.

Perfil comunicativo

É uma virtude que tenho, na Alemanha sempre fui elogiado. Jogador, quando começa a partida, ele motiva de uma forma. Eu tenho sempre a mesma vontade, mesmo entusiasmo de motivar os jogadores, é um grupo, não importa quem começa. Sempre fui assim, sou um líder natural, não fico fazendo média com ninguém. Gosto de estar sempre motivando, falando, conversando, tem que se dedicar ao máximo. Melhor falar mais do que deve, mas sempre do lado positivo.

Como é a relação com Nathan e João Moreira, os jovens da lateral-direita?

Eu gosto de estar sempre dando uns toques, é importante. Tenho mais de 15 anos de carreira, eles estão começando agora. São Paulo está servido de bons laterais. Por ter passado muito tempo fora do Brasil, a gente conhece os atalhos. Com os meninos do meu lado, procuro dar informação, eles têm potencial muito grande. Estou aqui não só pra jogar, mas pra encorajá-los quando eles têm alguma dificuldade.

O que tem a dizer sobre o São Bernardo?

Eu prefiro falar da gente, a gente sabe da qualidade do São Bernardo, mas pensamos em nosso trabalho, o que fizemos até agora. Jogamos em casa, temos uma equipe melhor a cada jogo, estamos preparados e tenho certeza que o Rogério vai nos preparar muito bem para essa classificação.