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"O problema é sua maneira de se comunicar". Colunistas avaliam Ceni no SPFC

Rogério Ceni cumprimenta a torcida do São Paulo antes do jogo contra o Santo André - ANDERSON LIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
Rogério Ceni cumprimenta a torcida do São Paulo antes do jogo contra o Santo André Imagem: ANDERSON LIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

10/02/2022 12h10

A postura de cobrança de Rogério Ceni no São Paulo e a relação de atrito entre treinador e clube nos últimos dias repercutiram após a vitória de ontem (9) sobre o Santo André, por 1 a 0, no Morumbi, pelo Campeonato Paulista.

Na coletiva pós-jogo, o técnico admitiu ter feito cobranças que possam ter gerado atritos e listou problemas de estrutura que encontrou no seu retorno. Horas depois, foi a vez de o presidente Julio Casares abordar o tema nas redes sociais e, em vez de rebater Ceni, elogiá-lo por 'buscar a perfeição'.

Sobre o tema, fizemos a seguinte pergunta para os colunistas do UOL Esporte: A postura de cobrança de Rogério Ceni é adequada para o atual momento do São Paulo? Confira as respostas:

Problema do Ceni é a maneira de se comunicar. Uma postura arrogante, como se só ele fosse trabalhador e inteligente. Se soubesse cobrar seria mais ouvido e respeitado. Neste caso a forma vale tanto quanto o conteúdo.
ANDRÉ ROCHA

Só estando lá dentro para saber. Mas Ceni não parece muito habilidoso no trato com as pessoas.
JUCA KFOURI

As cobranças de Rogério Ceni são mais do que adequadas. Apenas não acho que lavar roupa suja publicamente seja o modo mais correto. Isso tudo deveria ser feito internamente. É lógico que é uma estratégia dele, para angariar apoios, e ele considera que é o melhor a fazer. Mas o cerne da questão, cobrar responsáveis para serem mais eficientes na gestão dos departamentos do clube, isso é o que tem que ser feito mesmo.
JULIO GOMES

Rogério nitidamente está incomodado com a diretoria do São Paulo. Áudio vazado de Muricy Ramalho no ano passado já escancarava isso. Se técnico e direção estão batendo cabeça, não há trabalho que possa dar certo. A não ser que haja uma mudança de direção de rumo gigantesca, não vejo ele no clube para o início do Brasileiro, por exemplo.
MARCEL RIZZO

Sim, claro. Suas cobranças mudaram o Fortaleza e podem ajudar o São Paulo a voltar a ser referência.
MENON

Totalmente! Ninguém tem mais moral do que ele para cobrar tais mudanças. E está muito claro que, com todos os problemas internos, existe muita gente acomodada lá dentro. E não só no futebol, mas em diversos departamentos. Agora, que a diretoria corra atrás para resolver as suas justas reclamações.
MILTON NEVES

Claro, todo treinador deve cobrar jogadores e funcionários que respondam a ele em busca do melhor desempenho. Mas a cobrança tem que ser com respeito para não virar assédio moral. E com inteligência, pois cada um reage de uma maneira. É importante também que a diretoria dê respaldo a essas cobranças.
PERRONE

As cobranças podem até ser acertadas, mas a maneira como ele as faz é que incomoda. Ele não é uma pessoa fácil. Nunca foi. Por isso, teve problemas no próprio São Paulo, na primeira passagem, no Cruzeiro e no Flamengo. Fato é que o São Paulo não está jogando nada e isso vai bem além das cobranças.
RENATO MAURÍCIO PRADO

É sempre bom dar uma cutucada na diretoria. Não dá responsabilizar apenas o treinador pelo momento ruim do clube. Ceni tem a fama de ser perfeccionista, chato e isso pode dar a entender que ele está tumultuando. Mas, nesse momento, é injusto culpá-lo por tudo. Ele também tem o direito de reclamar.
RODOLFO RODRIGUES

As cobranças feitas na última coletiva foram todas corretas sob o ponto de vista profissional. A forma como cobra é que não conhecemos, e talvez esteja causando o mesmo problema já vivido por ele no Cruzeiro e no Flamengo.
RODRIGO COUTINHO

Rogério tem seus defeitos: falta de autocrítica e problema de comunicação. Agora não dá para aturar jogador e dirigente amuado no São Paulo por cobranças profissionais que façam sentido como parece ser o caso. Se a estrutura é falha ou um jogador se esforça pouco, é papel dele tentar corrigir. Futebol brasileiro parece jardim de infância que qualquer não, ordem ou crítica já gera choro.
RODRIGO MATTOS

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