Dudu destrói retranca egípcia e Palmeiras vai forte para a final

Não acontecia nada no primeiro tempo. A única graça no estádio de Abu Dhabi era a torcida do Palmeiras, novamente engolindo a rival, como fizera na final da Libertadores. O jogo tinha um cheiro danado de 0 a 0, com times espelhados: defensivos, de pouca criação e em busca do contra ataque.

Aí, apareceu Dudu. Uma rara recuperação de bola, que pegou a defesa egípcia desorganizada, um passe brilhante que deixou Raphael Veiga cara a cara para fazer o 1 a 0. Naquele lance, acabou a semifinal contra o Al Ahly. O Palmeiras fez seu primeiro gol em Mundiais, tirou a nhaca e assumiu o controle.

Porque este era o jogo. Quem fizesse o primeiro, levaria uma vantagem tremenda - como o Palmeiras levou. Era um primeiro tempo para 0 a 0, mas o time de Abel conseguiu o que queria - sair na frente.

No segundo tempo, o Palmeiras teve o contra ataque à disposição. É um time que gosta de jogar com espaço (quem não gosta?) e que já tem memória tática. Ou seja, os jogadores sabem como encontrar uns aos outros, resultado de treino e jogos.

Foi assim que Veiga achou Dudu pela direita e saiu o chutaço do segundo gol. Uma pintura deste que é um dos jogadores mais importantes da história do Palmeiras.

Aí, com 2 a 0 no placar, o Palmeiras retraiu as linhas e defendeu o resultado. Teve um pequeno golpe de sorte quando Wéverton deu um rebote absolutamente raro, em uma bola fácil. Mas Sherif, que marcaria o primeiro do Al Ahly, estava impedido - é para isso que serve o VAR. Ainda com 20 minutos a serem jogados, a partida poderia pegar fogo. Não foi o que aconteceu.

Nos acréscimos, Wéverton fez uma grande defesa para se redimir e a trave impediu o gol de honra do Al Ahly - o gigante africano vai, de novo, jogar só pelo terceiro lugar.

O Palmeiras vai forte para a final, contra Chelsea ou Al Hilal - não pode ser desprezada esta possibilidade.