Topo

Marcão sobre vacina em crianças: 'Se pergunto, sou chamado de negacionista'

O ex-goleiro Marcos foi convidado do podcast Podpah - Reprodução/YouTube
O ex-goleiro Marcos foi convidado do podcast Podpah Imagem: Reprodução/YouTube

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

09/01/2022 11h59

Marcos, ex-goleiro do Palmeiras, decidiu deixar clara a sua opinião nas redes sociais sobre a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos no Brasil. Em vídeo de seu filho, de nove anos, postado em seu Instagram, o ex-jogador diz que querem "obrigá-lo" a vacinar a criança. Marcão questiona a suposta falta de estudo em relação às vacinas para essa faixa etária e reclama que ele é chamado de "antivacina e negacionista" se perguntar sobre a eficácia dos imunizantes em crianças.

"Esse aqui é o Marquinho, 9 anos. Saudável, só que tem um probleminha na tireoide. Já se passaram dois anos da pandemia, foi na escola, viveu a vida dentro dos protocolos de covid e está tudo bem com ele. Estão querendo me obrigar a vaciná-lo. A Pfizer não se responsabiliza, as vacinas são novas e com pouco estudo e eu não posso questionar ou perguntar nada sobre, porque já viro um antivacina, negacionista, perseguido pelos heróis da sociedade. Minha única pergunta é, quem se responsabiliza?", questiona o ex-goleiro, antes de concluir:

"Eu tenho a obrigação de protegê-lo enquanto ele não tiver idade para seguir sua vida, sou pai, se você não sabe o que é ter um filho, desculpe, você não tem lugar de fala aqui! Me julguem, mas, me entendam!".

Marcos costuma aparecer nas redes sociais para fazer brincadeiras relacionadas ao futebol, principalmente com os rivais do Palmeiras e, por vezes, até com o próprio clube e, ultimamente, tem opinado sobre temas políticos polêmicos.

O ex-goleiro, inclusive, rebateu recentemente um post em que é chamado de "antivacina e negacionista". "Pessoal dessa página que está me xingando e querendo boicotar minha cerveja, só um aviso, não vendo cerveja porque eu preciso, vendo porque eu gosto".

A vacinação contra o coronavírus é a forma mais eficaz de combater a doença e evitar a superlotação dos hospitais. No Brasil, 144,2 milhões de pessoas já foram vacinadas completamente contra a doença. Atualmente, o país enfrenta debates sobre a necessidade de vacinar as crianças de 5 a 11 anos. Especialistas da área da saúde alertam para a importância da imunização dessa parcela da população.

No entanto, a vacinação de crianças vem sendo alvo de ataques sistemáticos por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores. O mandatário já ameaçou divulgar os nomes dos técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) responsáveis por aprovar a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças e afirmou que sua filha Laura, de 11 anos, não será vacinada.