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Mauro: Clubes finalmente estão se rebelando contra farra de datas Fifa

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Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

28/08/2021 04h00

O jornalista Mauro Cezar elogiou a decisão das ligas da Inglaterra, Espanha e Itália de não liberar os jogadores que foram convocados por suas respectivas seleções para disputarem as Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar. No quadro "Fala, Maurão", o colunista do UOL Esporte analisa o impacto que essa ação terá na seleção brasileira e no futebol do país.

"O que tem de bom nisso tudo? Finalmente clubes de futebol se rebelando contra essa farra de datas Fifa. É um festival. A Fifa já quer fazer Copa de dois em dois anos, como se não bastasse essa quantidade de partidas de futebol entre seleções, interrompendo campeonatos, 'roubando' jogadores durante alguns dias", diz a partir de 2min54 do vídeo acima.

Mauro Cezar critica o excesso de jogos entre seleções e lamenta que os clubes brasileiros continuem subservientes à Confederação Brasileira de Futebol.

"Além de tudo, desfalcam eventualmente os times de futebol que são os que revelam, contratam, mantêm, que pagam os jogadores. Isso precisa mudar. E já que os clubes brasileiros são subservientes com relação ao calendário que é imposto pela CBF, pelo menos de fora vem uma pressão em cima da CBF. Ela que se vire com esse seu calendário bizarro e com essa situação que acontece por conta da pandemia", diz.

"Afinal de contas, além de avacalhar o futebol brasileiro com esse calendário com estaduais inchados, temos outras competições apertadas e impossibilidade de paralisação da Copa do Brasil e Brasileiro nos momentos em que as seleções se reúnem. E elas se reúnem toda hora", complementa.

Por fim, Mauro Cezar parabeniza as ligas europeias e pede que a CBF reflita sobre o cenário atual do futebol brasileiro.

"Estão de parabéns, ingleses e espanhóis, e a CBF que reflita sobre o que ela anda fazendo com o futebol do Brasil. Eles não têm que baixar a cabeça. Os daqui também não deveriam, mas baixam a cabeça. Deveriam protestar pelo menos, e não fazem isso. Lá da Europa, esses clubes não precisam se curvar à CBF. Ótimo que isso aconteça", completa.