Há 700 dias, Atlético-MG vivia 1ª drama antes de 'tomada da Argentina'
De presa fácil a vilão. Assim pode ser traduzida a imagem do Atlético-MG na Argentina, de setembro de 2019 a agosto de 2021. Tudo começou há 700 dias, quando a equipe brasileira acabou eliminada pelo Colón, nas semifinais da Copa Sul-Americana, em pleno Mineirão.
Na época sob comando do técnico Rodrigo Santana e sem os grandes investimentos realizados na montagem do elenco atual, o Galo foi derrotado no jogo de ida por 2 a 1 e, em Belo Horizonte, devolveu o placar, mas perdendo na disputa por pênaltis. Dos titulares daquele jogo, apenas os zagueiros Réver e Igor Rabello, e o volante Jair seguem no clube.
O trauma com times da cidade de Santa Fé, berço da Constituição da Argentina, se repetiu no início do ano passado. Tendo pela frente o Unión, maior rival do Colón, o Atlético-MG novamente tropeçou; porém, desta vez, ainda na primeira fase do torneio.
Sob comando do venezuelano Rafael Dudamel, o alvinegro foi derrotado por 3 a 0 fora de casa e, na Arena Independência, acabou dando adeus com a vitória por 2 a 0, em 20 de fevereiro. O duelo aconteceu há 553 dias e, dos titulares que iniciaram a partida, Réver, Guga, Arana, Jair, Nathan e Hyoran seguem no atual elenco.
Mudança de patamar
A gota d´água naquele momento foi a eliminação na Copa do Brasil, quando o time sucumbiu para o modesto Afogados, equipe pernambucana que foi responsável por um furacão na vida do Atlético-MG. Logo após o jogo, Rafael Dudamel, Marques (gerente) e Rui Costa (diretor de futebol) acabaram demitidos pelo então presidente Sérgio Sette Câmara.
Dali para frente, contando com aporte milionário de mecenas, o clube trouxe o técnico Jorge Sampaoli e o diretor de futebol Alexandre Mattos para iniciar a fase de reconstrução. Durante a pandemina do novo coronavírus, uma grande transformação foi realizada no elenco, com a saída de dezenas de atletas e chegada de reforços importantes.
No Brasileiro, veio a resposta: terceiro colocado com apenas três pontos a menos que o Flamengo, campeão.
Troco em grande estilo nos argentinos
Mas foi em 2021 que o Atlético-MG, finalmente, deu resposta aos argentinos. Tendo como presidente Sérgio Batista Coelho, Cuca como técnico e Rodrigo Caetano como diretor de futebol, os mineiros "fincaram bandeira" em Buenos Aires.
Com um dos melhores elencos do país, tendo Hulk e Nacho Fernández como grandes estrelas, o Galo foi dono da melhor campanha da fase de grupos da Libertadores e, logo nas oitavas, encarou o Boca Juniors. Em 13 de julho, há 44 dias, o Alvinegro arrancou empate sem gol em Bombonera.
Na volta, uma semana depois, novo empate sem gol e, com vitória nos pênaltis, os brasileiros seguiram para a fase seguinte. Pela frente, novamente, uma potência do país hermano: o River Plate, considerado um dos melhores do continente.
Contra o time comandado pelo multicampeão Marcelo Gallardo, Cuca e companhia, mais uma vez, conseguiram seguir no torneio. Com a vitória em pleno Monumental, por 1 a 0, e o show dado no Mineirão, com o triunfo por 3 a 0 - jogo este que marcou o reencontro com a torcida no estádio -, o Atlético-MG avançou às semifinais e, no próximo mês, inicia os confrontos contra o Palmeiras.
Se em Santa Fé os mineiros deixaram boas lembranças aos anfitriões, na sul-americana, na capital Buenos Aires camisas do Galo não serão bem aceitas nos próximos anos; tudo pelo "estrago" feito no torneio de clubes mais importante da América do Sul.
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