Nos pênaltis, o Atlético-MG eliminou o Boca Juniors e se classificou para as quartas-de-final da Libertadores. Em partida tensa no Mineirão, o Galo levou a melhor após um empate sem gols nesta terça-feira (20). Apesar da vaga, a equipe mineira voltou a apresentar problemas, principalmente em seu setor criativo.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte - com os jornalistas Isabella Ayami, Menon, Rodrigo Mattos e Rodolfo Rodrigues - a sofrida classificação atleticana esteve no centro das discussões. Os comentaristas apontaram a falta de criatividade do meio-campo como uma das principais dificuldades da equipe.
"Paupérrimo o futebol apresentado pelo Atlético-MG. Se você pegar os 180 minutos, o Boca foi superior na maior parte do tempo. Tem suas limitações, mas tem dois bons jogadores nas pontas, Pavón e Villa. O Atlético-MG acabou passando no acaso. No primeiro jogo, praticamente não criou. No segundo, começou bem, pressionando na frente, impedindo o Boca de jogar e criando bastante. Mas começou a dar campo para o Boca e não conseguia mais jogar. Não tem jogo de meio de campo", criticou Mattos.
Menon concorda, e acha que o Galo tem condições de render mais se aproveitar melhor esse setor de criação. "Um meio-campo com Tchê-Tchê, Nacho e Zaracho tem que jogar mais. Tem que construir jogadas, e o Galo ficava chutando a bola com ligação direta. Com esses três jogadores dá para ter um futebol mais bonito, melhor. Achei que o Hulk estava muito nervoso desde o começo", avaliou.
Mattos considera que Cuca poderia tirar mais dos seus meio-campistas. "A gente vê o Cuca eliminando o Boca com o Santos com muito mérito, atropelando. Dessa vez, ele ganhou no acaso, com um VAR mal feito no primeiro jogo e um segundo que a gente não sabe, pois as imagens não são conclusivas. Tirando a questão da arbitragem, o Boca jogou mais bola. Ficou mais no campo do Atlético-MG, que não conseguia sair e acionar o Hulk. O trabalho do Cuca nesse momento está levando resultados porque tem muito elenco, mas produz pouco ofensivamente. Bem decepcionante", lamentou.
Embora também reconheça que o Galo jogou ma nos duelos contra o Boca, Rodrigues vê a equipe em boas condições para a próxima fase. "O Atlético-MG não foi bem nos dois jogos, mas também pegou o adversário mais difícil. Apesar de não ser o time fortíssimo dos últimos anos, o Boca é sempre chato, cascudo. O Atlético-MG não conseguiu criar tantas oportunidades como nos jogos do Brasileirão. Mostrou um pouco de frieza e não caiu na pilha do Boca. O Galo chega forte para o duelo contra River Plate ou Argentinos Juniors", disse.
"Um meio-campo com Tchê-Tchê, Nacho e Zaracho tem que jogar mais. Tem que construir jogadas, e o Galo ficava chutando a bola com ligação direta. Com esses três jogadores dá para ter um futebol mais bonito, melhor. Achei que o Hulk estava muito nervoso desde o começo"
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