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Bolsonaro cita Vasco, Bota e Cruzeiro, e diz que sancionará clube-empresa

Jair Bolsonaro vestiu a camisa do Cruzeiro em mais de uma oportunidade  - Alan Santos/Presidência da República
Jair Bolsonaro vestiu a camisa do Cruzeiro em mais de uma oportunidade Imagem: Alan Santos/Presidência da República

Do UOL, em Belo Horizonte

20/07/2021 12h21

O Conselho Deliberativo e o presidente do Cruzeiro aguardam com ansiedade a sanção, por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a proposta do clube-empresa, que foi aprovada no Congresso Nacional. Em grave crise financeira e com dívida que se aproxima de R$ 1 bilhão, a Raposa entende que essa é uma das grandes possibilidades de solução dos problemas econômicos da agremiação.

"Nós estamos com o projeto de lei da liberdade do futebol. No ano passado, o Rodrigo Maia (ex-presidente da Câmara) deixou caducar esta proposta. O que nós pretendemos é ajudar os times de futebol, dando liberdade para eles. Agora, tem certos clubes que se endividaram, vai ser difícil sair dessa crise", disse Jair Bolsonaro, em entrevista à Rádio Itatiaia.

Bolsonaro lamentou a situação caótica financeira de grandes clubes brasileiros e citou, além do Cruzeiro, Vasco e Botafogo, que também estão em fase complicada do ponto de vista das finanças.

"Eu lamento a situação do Cruzeiro, um time tradicional, assim como o Vasco da Gama, um time tradicional, o meu Botafogo, meu segundo time (ele torce para o Palmeiras), a gente lamenta. Agora, no projeto nosso, nós atendemos aos interesses dos clubes de futebol. Mandamos para a Câmara, e está dando uma boa aceitação lá", pontuou.

A discussão sobre o clube-empresa aconteceu na tramitação do projeto de lei 5.516/2019, de autoria do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). A proposta é pela criação da Sociedade Anônima do Futebol (S.A.F) e permite aos clubes novas possibilidades de obtenção de recursos. No dia 14 de julho a Câmara dos Deputados aprovou o PL 5.516/2019 com 429 votos favoráveis e 7 contrários. O Senado havia aprovado também no mês passado, em 10 de junho.

"Da minha parte, sem problema (vou sancionar). Não tenho nada, quero dar liberdade. Sou um presidente da República que não quer interferir, que não gosta de interferir em quase nada. Tem que dar liberdade para a população poder trabalhar, poder investir e poder levar para frente seu empreendimento", antecipou Bolsonaro.