FPF desvaloriza o Paulistão, e mata-mata pode acontecer sem os medalhões
O tiro da FPF (Federação Paulista de Futebol) pode sair pela culatra. Depois de bater o pé para manter o calendário diante da urgência sanitária provocada pela contaminação do novo coronavírus, a entidade corre o risco de ter, em sua fase mais importante do Paulistão, equipes repletas de suplentes e jovens acionados das categorias de base.
Isso acontece porque, ao refutar a extensão do campeonato, a FPF manteve as datas finais previamente organizadas pelo Departamento de Competições, mesmo depois da suspensão das rodadas em março pela determinação do Ministério Público-SP e Governo do Estado (PSDB). Naquela ocasião, foi estudada a possibilidade de transferir jogos para outros Estados para que torneio seguisse em andamento, mas a federação acabou recuando.
Ao manter o plano inicial de a finalíssima acontecer no dia 23 de maio, a entidade encurtou o intervalo entre as partidas e prejudicou os clubes que disputam outras competições de maneira simultânea, como são os casos de Corinthians, São Paulo, Red Bull Bragantino e Palmeiras - todos classificados para as quartas-de-final.
O caso do Palmeiras é o mais emblemático. O time de Abel Ferreira iniciou a disputa do Estadual em meio a uma maratona de jogos por causa das finais da Copa do Brasil e Libertadores, além da viagem para o Qatar, em fevereiro, para a disputa do Mundial de Clubes e decisões da Recopa, contra o Defensa y Justicia-ARG, e Supercopa do Brasil, contra o Flamengo. Não à toa, a solução encontrada pela comissão técnica alviverde foi deixar de priorizar o torneio e jogar com uma equipe alternativa, recheada de atletas das equipes sub-17 e sub-20 do clube.
Além do Verdão, o São Paulo também está vivo na Copa Libertadores e possui duelos importantes contra o Rentistas-URU, no dia 13, e contra o Racing-ARG, no dia 18. Já o Corinthians e o Bragantino disputam a Copa Sul-Americana e também possuem semana cheia entre os confrontos do Paulistão. A falta de descanso pode forçar que esses times priorizem as competições internacionais, da mesma forma como o Verdão.
Tudo isso acontece no último ano de contrato entre FPF e Globo. Como revelou Gabriel Vaquer, colunista do UOL, a edição 2021 do Paulistão perdeu espaço na TV aberta, desvalorizando ainda mais o produto criado pela federação.
Apesar dos impactos negativos, intensificados pelo período pandêmico, a federação manteve o Campeonato Paulista como sendo o maior Estadual do Brasil em termos econômicos e pagará R$ 5 milhões de premiação ao time campeão. O vice receberá o valor de R$ 1,5 milhão.
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