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O que fez Diego Costa se afastar do mercado brasileiro após flerte

Diego Costa foi oferecido a Atlético-MG, Grêmio, Palmeiras e São Paulo, mas não houve acordo com nenhum - Juan Manuel Serrano Arce/Getty Images
Diego Costa foi oferecido a Atlético-MG, Grêmio, Palmeiras e São Paulo, mas não houve acordo com nenhum Imagem: Juan Manuel Serrano Arce/Getty Images

Bruno Andrade

Colaboração para o UOL, de Lisboa

18/03/2021 04h00

Diego Costa encerrou o vínculo com Atlético de Madri, em dezembro de 2020, decidido a voltar ao futebol brasileiro. Aos 32 anos, o veterano atacante gostaria de jogar em alto nível no país de origem, preferencialmente com participações na Copa Libertadores. O desejo, no entanto, acabou frustrado e, segundo o UOL Esporte apurou, hoje é um cenário praticamente descartado.

Entre janeiro e fevereiro, o brasileiro naturalizado espanhol foi oferecido para alguns clubes, entre eles Atlético-MG, Grêmio, Palmeiras e São Paulo. Vários foram os intermediários que tentaram participar das conversas, o que causou desconforto entre os envolvidos e, consequentemente, atrapalhou o avanço de eventuais acordos.

Depois de anos sendo agenciado pelo português Jorge Mendes, Diego Costa resolveu ficar 'sozinho' no mercado da bola, mas, ainda assim, manteve uma espécie de vínculo profissional e particular com o antigo empresário. Nos últimos meses, também se aproximou de outro agente renomado, o iraniano Kia Joorabchian. Porém, não assinou contrato de representação com ninguém.

Nem Mendes e muito menos Kia foram responsáveis diretos pelas discussões com os clubes brasileiros. As intermediações por "terceiros", muitas delas sem qualquer tipo de autorização documentada ou verbal, foram determinantes para o insucesso das negociações, inclusive com o Palmeiras, que era a primeira opção na cabeça do goleador.

Obviamente, a realidade financeira também teve forte impacto nas tratativas. Disposto a jogar profissionalmente pela primeira vez no Brasil, Diego Costa esperava receber um salário anual de aproximadamente 3 milhões de euros (pouco mais de R$ 20 milhões) limpos, além de premiações por assinatura e metas atingidas. Para os interessados europeus, por exemplo, a pedida era muito maior: 7 milhões de euros limpos (R$ 47 milhões) por temporada.

Decepcionado e com o futebol brasileiro distante do horizonte, o atacante, depois de semanas de descanso em Lagarto, no interior do Sergipe, onde nasceu, resolveu voltar para a Europa no último fim de semana. De lá, vai acompanhar de perto e com mais atenção o desenvolvimento de novas negociações, potencialmente todas direcionadas para clubes do Velho Continente e da Ásia. Inglaterra, Emirados Árabes Unidos e Qatar estão entre as opções mais concretas neste momento.