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OPINIÃO

RMP: "Se o Palmeiras jogar assim na final, a coisa vai ficar complicada"

Do UOL, em São Paulo

13/01/2021 01h24

O Palmeiras conseguiu a classificação para a final da Libertadores após 20 edições ausente nas decisões da competição, mas o torcedor palmeirense viveu uma noite de apuros, com o time sendo derrotado por 2 a 0 pelo River Plate no Allianz Parque, além de ser salvo pelo VAR em duas situações de pênalti e um gol anulado do time argentino que poderiam mudar o rumo do confronto.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os jornalistas Luiza Oliveira, Renato Maurício Prado. Menon e Danilo Lavieri — a classificação do Palmeiras, a postura do time de Abel Ferreira, o que pode ser melhorado para a final, qual outro finalista pode ser mais complicado entre Boca Juniors e Santos, o futuro de Marcelo Gallardo e os destaques positivos e negativos.

Para Renato Maurício Prado, a frustração pelo lado do River Plate deve ser enorme devido às decisões do VAR que custaram a vaga na final e o Palmeiras precisa ter atenção a tudo o que não funcionou para não repetir o futebol ruim na final do dia 30 no Maracanã, ou verá escapar o sonho do segundo título na Libertadores.

"Dá para acreditar que os três lances foram bem marcados, mas imagine você perder a classificação no dia em que seu time jogou uma barbaridade, porque o River não tomou conhecimento do Palmeiras hoje, o River foi muito melhor que o Palmeiras do que o Palmeiras foi que o River lá em Avellaneda. Lá o Palmeiras foi muito bem, ganhou de 3 a 0, mas foi um time reativo, ele foi muito eficiente nos contra-ataques, mas o domínio da partida foi do River Plate", afirma Renato.

"No final das contas, a classificação acaba sendo válida e merece realmente toda a comemoração pela vitória em Avellaneda, que foi uma vitória épica. Hoje o Palmeiras não jogou bulhufas. Se jogar assim a final, seja contra quem for, a coisa fica complicada, o Palmeiras realmente precisa parar, sentar e analisar, porque hoje não jogou bulhufas, mas classificou, que é o que interessa", completa.

Sobre as decisões tomadas pelo VAR, Renato concorda com o impedimento marcado no gol que seria o terceiro do time argentino, mas acredita que nos outros dois lances o pênalti poderia ter sido confirmado com outro árbitro e a influência que poderia ter tido um terceiro gol do River no início do segundo tempo, quando houve a irregularidade que só foi marcada com o auxílio do vídeo.

"O gol no início do segundo tempo, que de fato no meio da jogada há uma famosa 'vindo da figura a para a figura b, houve de fato impedimento ali, mas imagine a influência que essa inovação teve no jogo, se aquele gol sai, se o cara não está impedido no meio da jogada, 3 a 0 com poucos minutos do segundo tempo, a vaca tinha ido para o brejo com a maior tranquilidade do mundo", afirma Renato.

"Depois, o pênalti, que também pode ser que não tenha sido, é um lance discutível, eu acho que o jogador argentino tenta cavar a falta, ele vai para cima da perna do zagueiro do Palmeiras, mas há o choque. Muita gente daria aquele pênalti, aliás, o juiz deu, o VAR é que disse para ele: 'olha bem'. Ele olhou e decidiu. E depois, para culminar com tudo, o possível pênalti praticamente no último lance da partida em um encontrão que também muita gente daria aquele pênalti", conclui.

O Fim de Papo volta a ser apresentado nesta quarta-feira, após o jogo entre Corinthians e Fluminense pelo Campeonato Brasileiro e também analisa a semifinal entre Santos e Boca Juniors na Libertadores, com participação de José Trajano, Ricardo Rocha e Débora Miranda e apresentação de Vinicius Mesquita