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Abel Braga corrige falha crônica e supera aproveitamento de Coudet no Inter

Abel Braga conseguiu aproveitamento superior a Eduardo Coudet no Brasileiro pelo Inter - Ricardo Duarte/Inter
Abel Braga conseguiu aproveitamento superior a Eduardo Coudet no Brasileiro pelo Inter Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

12/01/2021 04h00

Abel Braga reverteu totalmente o cenário que tinha em sua chegada ao Internacional. Antes criticado, sob a sombra de Eduardo Coudet, que deixou o clube para trabalhar no espanhol Celta de Vigo, o experiente comandante precisou de tempo para embalar. Mas conseguiu. Tanto que, após nove jogos à frente do Colorado neste Brasileirão, já superou o aproveitamento do argentino na competição e ainda corrigiu um problema crônico que a equipe apresentou em 2020: a bola aérea na defesa.

O peso negativo das eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores é inevitável. Mas na competição de pontos corridos, a atual comissão técnica atingiu estabilidade e recolocou o time na disputa pelo título do Nacional.

Considerando todo período de gestão da atual comissão técnica, são nove jogos, com cinco vitórias, dois empates e duas derrotas, totalizando aproveitamento de 63% em jogos no Brasileiro. Foram 12 gols anotados (média de 1,3 por jogo) e sete sofridos (0,7 por partida).

Tirando da lista os jogos em que Abel esteve afastado em razão da Covid-19, foram cinco vitórias e uma derrota, em seis partidas, gerando aproveitamento de 83%, além de nove gols a favor (1,5 por jogo) e quatro sofridos (0.6).

Com Eduardo Coudet no Brasileirão foram 20 jogos, com dez vitórias, seis empates e quatro derrotas, aproveitamento de 60%. Comandado pelo argentino, o Colorado fez 32 gols (média de 1,6) e sofreu 16 (média de 0,8).

Problema crônico é atacado

Abel Braga focou suas atenções, desde o início em um problema crônico do time: a bola aérea. Sob comando de Coudet, praticamente a metade dos gols sofridos ocorriam deste jeito. E tem dado resultado.

Como apurou o UOL Esporte, o treinador costuma dar atenção especial a este tipo de jogada, principalmente na fase defensiva. Abel repete movimentações, cobra evoluções e tem conquistado resultado.

Mantendo o recorte apenas no Brasileirão, com a atual comissão técnica ocorreram apenas dois gols de bola aérea (contra Botafogo e Atlético-MG). Houve ainda dois gols de cruzamento em que a bola entrou direto, sem tocar em ninguém, o que não configura este tipo de jogada. Foram o gol olímpico de Lucca, do Fluminense, e o gol de falta de Ivonei, pelo Santos. Desta forma, dois em sete gols ocorreram por cima.

Contra o Goiás, por exemplo, o Inter enfrentou um rival cuja bola aérea era principal capacidade. Repleto de jogadores altos, com dois centroavantes de imposição — Fernandão e Rafael Moura — o Esmeraldino não conseguiu vencer o Colorado neste quesito.

"Já tínhamos treinado, e treinamos até mais dessa vez. Eu treinei mesmo mais a defensiva, porque nós queríamos fazer mais uma jogada curta. O time deles tinha cinco ou seis jogadores acima de 1,85. Por isso, os times tentam pouca jogada aérea contra eles [Goiás]", disse Abel.

O Colorado é vice-líder do Brasileiro com 53 pontos, três a menos que o São Paulo. Na próxima rodada, recebe o Fortaleza, domingo (17), no Beira-Rio.

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