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Pressão cresce, e jogo contra Boca Juniors já é decisivo para Abel no Inter

Abel Braga e o Inter avaliam o início complicado de trabalho e pressão aumenta para Libertadores - Ettore Chiereguini/AGIF
Abel Braga e o Inter avaliam o início complicado de trabalho e pressão aumenta para Libertadores Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

23/11/2020 04h00

A pressão sobre Abel Braga cresceu com a derrota de virada para o Fluminense, ontem, no Beira-Rio. Ainda que ele nem estivesse à beira do campo, a torcida e a direção do Internacional estão preocupados com o andamento do trabalho até aqui. Dependendo do que ocorrer na quarta-feira (25), quando o Colorado abre a disputa por uma vaga nas quartas de final da Libertadores com o Boca Juniores, o técnico pode fazer acordo e deixar o clube.

Segundo apurou o UOL Esporte, o próprio Abel entende que o momento é bastante complicado. O treinador reconhece as dificuldades de assumir um trabalho em andamento com necessidade de resposta imediata, em meio a um ambiente de divisão política e queda em campo.

Por isso, o contexto aponta para chance de acordo entre as partes e ruptura no trabalho que começou há pouco mais de 10 dias, caso o quadro não mude sensivelmente.

Em campo, os resultados passam bem longe do esperado. Abel comandou o Inter em quatro partidas, três derrotas e uma vitória, sendo que o jogo que ganhou foi com um gol nos acréscimos e combinado com eliminação da Copa do Brasil nos pênaltis.

O Internacional era líder do Brasileiro e disputava Copa do Brasil e Libertadores no momento de chegada da atual comissão técnica. Agora, é quarto colocado no campeonato e já caiu do torneio de mata-mata nacional.

Nos bastidores, Abel se mostra chateado com as cobranças, mas ainda crê que é possível reverter o quadro. Por isso, seu auxiliar, Leomir, disse ontem (22) que o trabalho é a única saída para mudar o que está acontecendo. A ideia é perceber se o grupo realmente poderá dar esta resposta nos próximos dias.

Dependerá muito do que for apesentado, tanto em campo quanto nos gabinetes. O vínculo do treinador não tem multa rescisória e, caso seja rompido, o substituto também chegou ao clube há pouco. Osmar Loss — que deixou o Corinthians — é quem comandaria a equipe caso se confirme a saída de Abel.

"Temos que admitir que não estamos bem. Este momento é ruim. A partir disso é que vamos tentar reverter rapidamente esta situação. Muitos clubes passaram por isso, uns saíram mais rápido, outros não. Não gostaríamos de passar por isso, mas é uma realidade", disse o diretor executivo de futebol, Rodrigo Caetano, sobre a queda de rendimento do time. "Me preocupa a queda. Temos o confronto com o Boca, depois dois jogos fora de casa, confrontos muito duros, mas precisamos voltar a vencer", completou.

O Inter tem pouco tempo para pensar. Na quarta-feira já começa a briga com o time argentino na competição de clubes mais importante do continente. Jogo que pode mostrar qual caminho do comando técnico que carrega em sua história o maior título da história do clube.

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