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A 12 pontos do 4º colocado, Felipão evita discurso de acesso no Cruzeiro

Cruzeiro fez dois jogos seguidos em casa, mas só somou dois pontos no Mineirão - Bruno Haddad/Cruzeiro
Cruzeiro fez dois jogos seguidos em casa, mas só somou dois pontos no Mineirão Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Do UOL, em Belo Horizonte

23/11/2020 04h00

O Cruzeiro vive uma situação inusitada com o técnico Felipão. No comando do treinador, já são seis jogos de invencibilidade (três vitórias e três empates). Mas o período positivo com o comandante na Série B pouco tem ajudado o clube a se distanciar dos últimos colocados. Tão ruim quanto isso, a equipe vê cada vez mais distante a possibilidade de alcançar o principal objetivo no início da temporada, que era de voltar à primeira divisão nacional.

Faltando mais 16 jogos para o fim da Segundona, a Raposa está a 12 pontos do Juventude, hoje quarto colocado, o suficiente para fazer Felipão colocar em segundo plano o discurso do acesso adotado pela diretoria no início da temporada.

Atualmente, o rendimento do Cruzeiro nas primeiras 22 rodadas é de 38%. Somente com Felipão, o aproveitamento sobe para 66%. Para se ter melhor ideia do cenário pessimista da Raposa, matemáticos acreditam que 64 seja o número ideal de pontos para se garantir entre os quatro primeiros da Série B. Para atingir essa pontuação, o Cruzeiro teria que somar 39 pontos em 48 possíveis, ou seja, vencer 13 dos 16 jogos restantes (81%).

"Eu já falei algumas vezes que o projeto do Cruzeiro é para o ano que vem, porque esse ano ele tem que sair lá de baixo. Nós temos cinco equipes só abaixo de nós. Temos que saber isso. Eu, como treinador, vou fazer o projeto e vou desenvolver o projeto, e o pensamento nesses jogadores até o momento é de conseguirmos o primeiro objetivo. O segundo objetivo é uma coisa que eu nem vou falar mais com eles, nem vou falar com vocês, porque nós não estamos atingindo nossos objetivos", comentou o treinador, após o empate contra o Figueirense.

Quando Felipão diz que o Cruzeiro ainda não está atingindo sequer os objetivos de se distanciar da zona de rebaixamento, isso tem explicação direta nos resultados obtidos até aqui, principalmente os dois últimos. Contra Figueirense e Guarani, equipes da parte de baixo da tabela, a Raposa não passou de dois empates mesmo jogando dentro do Mineirão. Agora os próximos duelos serão contra o líder Chapecoense (fora), diante do 11º colocado, Confiança (casa) e o clássico contra o vice-líder América (fora).

"O que nós temos que trabalhar é para continuar o primeiro objetivo e vai ser continuado por mim e pelos atletas. Eu não estou pensando no segundo objetivo, porque eu não estou livre do primeiro. Vou insistir em cima disso... Eu não vou brigar com o torcedor, eles podem alimentar qualquer situação. Mas eu, não", completou.

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