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Diniz, sobre nova eliminação do São Paulo: "quem sabe o que aconteceu?"

Fernando Diniz, técnico do São Paulo, durante a partida contra o Lanús - Staff Images / CONMEBOL
Fernando Diniz, técnico do São Paulo, durante a partida contra o Lanús Imagem: Staff Images / CONMEBOL

Thiago Fernandes

Do UOL, em São Paulo

04/11/2020 22h39

Fernando Diniz não soube responder por que o São Paulo sofreu um gol aos 93 minutos e tampouco o motivo da oscilação do time durante o seu trabalho à frente do clube, que já dura mais de um ano. Em entrevista coletiva após a eliminação na Copa Sul-Americana 2020, o técnico disse que não entende o porquê da queda na competição e criticou a atuação de seus comandados na primeira etapa.

"Não sei se foi concentração, quem sabe o que aconteceu? Coisa do futebol. A gente fez um primeiro tempo ruim, o que poderia ter feito. Dominaram errado, o cara cruzou. Tivemos um mal posicionamento e fizeram o gol", afirmou o treinador.

"Não dá para saber porque entrou tão desligado, mas a gente fez um primeiro tempo ruim, que não poderia ter feito. Para hoje, tinhamos que fazer o que fizemos no segundo tempo, com a mesma agressividade, mesma entrega, teríamos vencido o jogo com mais tranquilidade", acrescentou.

Fernando Diniz diz ainda que não há uma explicação fácil para a oscilação durante o seu trabalho. O São Paulo é o quinto colocado do Brasileirão, com o melhor aproveitamento do torneio — 62,5%. No entanto, foi eliminado para o Mirassol nas quartas de final do Paulista, na fase de grupos da Libertadores e, hoje, na Sul-Americana.

"Não tenho resposta fácil, a pergunta é fácil, mas a resposta é difícil. Pode falar que é por conta da juventude, porque desconcentra. Se tivesse feito mais um gol, as perguntas seriam outras. A gente tem uma potência muito grande. Se conseguirmos manter o nível de consistência ou intensidade, conseguiremos melhores resultados", declarou.

Confira outros trechos da coletiva de Fernando Diniz:

Errou nas substituições no fim do jogo? "Isso é usado o resultado do jogo para fazer a pergunta. A gente estava sem nenhum zagueiro, a única chance dos caras era a bola aérea. A atitude técnica tem que ser elogiada. O time dos caras é alto, forte na bola parada. O jogador tem que entrar e resolver. Não tem como fazer esse tipo de questionamento. É a mesma coisa, falar em cima de resultado, é uma pergunta quase sem sentido. É achar um erro e um culpado por causa do resultado. Então foi por causa disso, tecnicamente, era o que tinha para se fazer. Tomamos o gol contra o Fortaleza e hoje".

Falta de maturidade atrapalha o time? "Dizer que perdeu os jogos, por conta de maturidade, é especular. A gente ter certa humildade para saber que tem coisa que não consegue explicar. A gente com a zaga postada, dez caras próximos da bola, e tomou o gol. A gente não vai ficar especulando o que aconteceu no jogo".

Será visto de outra forma pelos adversários? "Não sei se vai ser visto de outra forma pelos adversários, é um time competente, se entrega na maior parte do tempo, precisa ser mais consistente e se entregar totalmente do começo ao final do jogo. A minha maior queixa é que não poderíamos fazer o primeiro tempo que fizemos".

Por que a defesa oscila? "Não adianta tentar achar monstro, contra o Flamengo, a gente se defendeu bem, teve muito mais chance de gol. Hoje, faltou mais intensidade no primeiro tempo. A única chance do segundo tempo foi a bola que originou o gol aos 90 minutos".

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