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São Paulo completa cinco anos de renúncia de Aidar e início de era Leco

Carlos Miguel Aidar deixou o São Paulo há cinco anos e foi substituído por Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco - Ricardo Nogueira/Folhapress
Carlos Miguel Aidar deixou o São Paulo há cinco anos e foi substituído por Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco Imagem: Ricardo Nogueira/Folhapress

Thiago Fernandes

Do UOL, em São Paulo

13/10/2020 04h00

Cinco anos se passaram desde a saída de Carlos Miguel Aidar do São Paulo, na transição que inaugurou a 'era Leco', com Carlos Augusto Barros e Silva no comando do Morumbi. Presidente entre 16 de abril de 2014 e 13 de outubro de 2015, Aidar deixou o clube após ser acusado de corrupção pelo então vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro. A crise vivida na antiga gestão não é mais a mesma. Porém, deixou marcas sem precedentes no clube.

Aidar foi o oitavo mandatário a renunciar ao cargo no Morumbi. Antes dele, João Baptista da Cunha Bueno, Manoel do Carmo Mecca, Cid Mattos Vianna, Piragibe Nogueira, Décio Pacheco Pedrozo, Roberto Gomes Pedroza e Paulo Machado de Carvalho tomaram atitudes semelhantes. A decisão de Aidar precedeu uma batalha judicial contra o ex-aliado à frente do clube.

A sua saída contou com episódios polêmicos, como a agressão de Ataíde Gil Guerreiro, a crítica pública de Juan Carlos Osorio e suspeitas de irregularidades à época em casos de contratos no futebol e nos bastidores. A contratação de Iago Maidana, hoje no Sport, e a chegada da Under Armour ao Morumbi tiveram contratos avaliados e apresentaram dados suspeitos.

No período de sua gestão, Carlos Miguel Aidar também acumulou polêmicas. O ex-presidente, que já havia ficado à frente do clube em dois mandatos na década de 1980, brigou com Juvenal Juvêncio, mandatário histórico do clube e seu antigo aliado. O entrevero ocorreu graças à demissão de Juvenal no comando das categorias de base.

Em um episódio lamentado pelo Napoli, da Itália, deu declaração em que fazia ligação da antiga máfia do país ao clube. Com todas as polêmicas colecionadas fora de campo e as graves acusações, preferiu deixar o cargo, sobretudo depois que viu a oposição crescer de forma exponencial durante o seu mandato no Morumbi.

Depois da saída de Aidar, que renunciou enviando uma mensagem por e-mail ao Conselho Deliberativo, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, assumiu a função momentaneamente. Em 27 de outubro do mesmo ano, ele foi eleito o mandatário e fica no cargo até o fim de 2020. As eleições do clube estão previstas para dezembro.

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