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Covid no Fla: Como foi operação para repor elenco e 'resgatar' contaminados

Bruno Henrique foi um dos sete jogadores que testou positivo para a Covid antes de jogo na Libertadores - Thiago Ribeiro/AGIF
Bruno Henrique foi um dos sete jogadores que testou positivo para a Covid antes de jogo na Libertadores Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Bernardo Gentile e Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

22/09/2020 04h00

O Flamengo foi pego de surpresa com um surto de Covid-19 em seu elenco em meio a duas partidas pela Libertadores no Equador. Após a história goleada por 5 a 0 para o Independiente del Valle, o Rubro-Negro realizou novos testes e sete atletas testaram positivo para o vírus: Vitinho, Bruno Henrique, Filipe Luís, Michael, Diego, Isla e Matheuzinho. Além disso, o técnico Domènec Torrent não poderá contar com Gabigol, Diego Alves e Pedro Rocha, lesionados, e Gustavo Henrique, expulso, para o duelo de hoje (22) contra o Barcelona de Guayaquil.

Por conta de tudo isso, o Flamengo teve que realizar uma operação para encorpar o grupo no Equador levando quatro atletas que não haviam sido relacionados para a viagem inicialmente. O zagueiro Natan, o lateral-direito João Lucas, e os atacantes Guilherme Bala e Rodrigo Munis seguiram para Guayaquil.

A saga do grupo teve início na madrugada de domingo (20), quando eles deixaram o Rio de Janeiro rumo a Goiânia. Na cidade, reabasteceram e aguardaram a liberação do governo equatoriano para seguir viagem. Nesse período de espera, que resultou no maior tempo da viagem, eles foram colocados em um hotel até terem permissão para seguir - chegaram por volta de 4h30 (horário de Brasília). No total, foram 24h do momento em que deixaram o Rio até chegar ao Equador. Isso quer dizer que eles vão ficar mais tempo viajando do que no país vizinho, já que retorno tão logo acabar o duelo.

A tripulação que levou os quatro atletas é a mesma que trará de volta os sete jogadores infectados do Flamengo para o Rio de Janeiro. De acordo com as normas, a tripulação precisa de no mínimo 12 horas de descanso entre uma viagem e outra. Assim que se recuperarem, passarão a fazer o plano de voo para retornar ao Rio de Janeiro. A expectativa é que isso ocorra até a tarde de hoje. Algumas questões burocráticas, no entanto, podem retardar a volta para quarta-feira.

O jato que fará a viagem é um aeromédico com capacidade para oito pessoas. A aeronave tem todo tipo de assistência necessária para atender alguém em caso de emergência. Desde que foram identificados com a Covid-19, os atletas foram colocados em quarentena, cada um em quarto no hotel da delegação.

O Equador vive situação bastante delicada. Guyaquil, local do próximo jogo do Flamengo, convive, inclusive, com relatos de corpos acumulados pelas ruas. Com pouco mais de 17 milhões de pessoas, o país já conta com 126.771 casos e 7.301 mortes, segundo número atualizado até a última segunda-feira (21).

Na retomada do futebol, o Flamengo realizou teste em todos os profissionais ligados ao dia a dia e anunciou que havia 38 casos de Covid detectados, sendo três deles atletas e que não tiveram seus nomes revelados. Em seguida, o Rubro-Negro viu outros 11 atletas, incluindo os sete de Guayaquil, terem contado com o vírus. Um total de 49, segundo dados divulgados pela equipe carioca.