Topo

Gols após cruzamentos são nova fragilidade do Corinthians de Tiago Nunes

Diego Costa, do São Paulo, disputa bola com Gil, do Corinthians - WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
Diego Costa, do São Paulo, disputa bola com Gil, do Corinthians Imagem: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

31/08/2020 04h00

De uma defesa praticamente intransponível a uma das mais vazadas no Campeonato Brasileiro. Assim é o Corinthians, que ontem (30) perdeu para o São Paulo por 2 a 1, no Morumbi, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Em cinco partidas, o Alvinegro já foi vazado sete vezes, números melhores apenas que os de Ceará e RB Bragantino.

Essa história, porém, já foi diferente. Na retomada do futebol nacional, que ficou paralisado por quatro meses por causa da pandemia do novo coronavírus, a defesa do Corinthians era o ponto forte. Foram cinco partidas sem levar gol, o que culminou com um lugar na decisão do Campeonato Paulista —perdeu para o Palmeiras nos pênaltis.

Desde então, o Corinthians não vem conseguindo o mesmo sucesso. E um dos fatores que mais têm contribuído para isso são os cruzamentos para a área, sejam eles pelo alto ou pelo chão.

A começar pela própria final do Paulista. O Palmeiras marcou seu único gol da decisão em um cabeceio de Luiz Adriano no canto direito após cruzamento de Viña. Foi um lance muito parecido com o que determinou o triunfo do São Paulo -gol de Brenner de cabeça depois de cruzamento Toró.

Nas últimas rodadas, o Corinthians também vem sofrendo com as falhas nesse tipo de jogada. Foi assim, por exemplo, no único gol sofrido na vitória sobre o Coritiba por 3 a 1 no Itaquerão. A bola saiu rasteira do lado esquerdo do ataque paranaense e cruzou toda a área até encontrar Sassá concluindo para o gol.

Antes de enfrentar o São Paulo, o time de Tiago Nunes também já havia sofrido com um gol em cruzamento para a área. Na quarta-feira passada (26), Romarinho se infiltrou no meio da zaga para abrir o placar para o Fortaleza, aproveitando bem cruzamento de Wellington Paulista. O Corinthians buscou o empate, posteriormente, com Luan.

Para o técnico Tiago Nunes, porém, os lances não se equivalem, apesar de um desfecho parecido. Ele acredita que as circunstâncias mostram que as falhas não ocorreram, necessariamente, no miolo da defesa.

"As circunstâncias do gol foram diferentes, mesmo que a parte final tenha terminado do lado direito para o esquerdo da defesa", resumiu o treinador após o tropeço diante do São Paulo.

"Contra o Fortaleza, foi um tiro de meta que demoramos para recompor, perdemos a primeira e a segunda bola. Eles infiltraram e demoramos na cobertura. Contra o Coritiba, foi um contra-ataque em que poderíamos fazer uma recomposição melhor", justificou.

"Hoje (ontem), teve erro coletivo. A jogada começa do lado esquerdo da defesa, roda para o direito e retorna para o meio da área. Na área, estávamos 3 para 3, e tivemos dificuldade no encaixe. Foi um efeito cascata", sentenciou.

Mesmo que não tenha diagnosticado uma falha direta do miolo da defesa, Tiago Nunes acha que é preciso ter atenção para a sequência do Brasileiro. "Não penso que foi um padrão, foram circunstâncias, e temos de corrigir para o próximo jogo de forma imediata."

A próxima partida do Corinthians será na quarta-feira (2), às 19h15, contra o Goiás, no estádio da Serrinha, em Goiânia (GO). Com cinco pontos em cinco partidas disputadas, o time alvinegro está posicionado na segunda metade da tabela de classificação do Brasileiro.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do que informado anteriormente, o Corinthians venceu o Coritiba por 3 a 1 e não 2 a 1. O erro foi corrigido.