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Coudet fica desconfortável com cobranças após derrota do Inter

Do UOL, em Porto Alegre

16/08/2020 21h22

Eduardo Coudet não gostou do tom de cobrança após a derrota do Inter para o Fluminense. Na entrevista coletiva que sucedeu o 2 a 1, no Maracanã, o treinador se mostrou desconfortável e explicou sua versão do andamento do trabalho.

"Sempre que se faz uma pergunta é cobrando. Por que eu ponho o Fuchs? Quando ponho o Fuchs, é por que não coloquei o Moledo. Depois, se diz que tem que jogar jogador da base. E quando eu cheguei aqui, disse que entendo os problemas financeiros do clube e vamos acompanhar. Mas também é responsabilidade minha e da direção tudo isso. Entraram 14 milhões de dólares no clube desde minha chegada. Não é um dado pequeno, é um trabalho que temos que fazer. Mas é sempre por que jogou este, por que não jogou aquele, pedem jogadores que nem treinaram. Não compreendo", disse o técnico.

A manifestação ocorreu já na parte final da coletiva em que ele era questionado sobre situações de campo e as escolhas que fez ao longo do jogo. O Inter saiu vencendo e tomou a virada.

"Sempre se diz que tem problema na escalação, sempre tem questionamento. É um grupo pequeno, esta é a verdade. Estou trabalhando. É muito difícil para mim. Não é o Manchester City que tem uma quantidade grande de jogadores de qualidade. Obviamente que queremos ganhar, estar acima, ser protagonistas. É minha ilusão, e dos jogadores também. Vamos trabalhar e fazer de tudo para melhorar, creio que podemos dar mais, jogar melhor. Mas não é desconforto. Agora estamos falando do Brasileirão, os jovens vão jogar, é um grupo pequeno, temos que melhorar. Estou convencido que seremos protagonistas", completou.

Coudet aproveitou para repetir que não se sente desconfortável, apesar das respostas neste tom durante a coletiva.

"Não me esquivo da responsabilidade. Quando tenho, não tem problema, não sinto pressão. Eu comemoro 25 anos de aniversário (de carreira) com a pressão. Não é pressão. É simplesmente que a exigência tem que vir junto com a nossa possibilidade. Então, vamos trabalhar. Acho que vamos ir melhorando com o tempo, vamos jogando melhor. Creio que vai ser muito parelho o Brasileiro. Não estou incômodo. Todo dia falo depois dos jogos, é sempre em tom de cobrança. E depois se diz que estou cobrando a direção. Não é verdade. Estou muito cômodo aqui. Eu acho que a mensagem sempre termina sendo ruim. E não é assim. Eu falo da realidade. Se vocês querem ver outra realidade, eu vou compreender, cada um fala o que pensa", explicou.

O Inter soma seis pontos em três jogos no Brasileirão e na próxima rodada encara o Atlético-GO.

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