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Marcelinho reclama de 'mesquinhez' de críticos após reunião com Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Marcelinho Carioca se encontraram em Brasília - reprodução/Instagram/Marcelinho Carioca
Jair Bolsonaro e Marcelinho Carioca se encontraram em Brasília Imagem: reprodução/Instagram/Marcelinho Carioca

Do UOL, em São Paulo

29/07/2020 22h45

Marcelinho Carioca se manifestou na noite de hoje sobre as críticas que recebeu pelo encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ex-jogador explicou que tem procurado autoridades e líderes do governo para "discutir ideias que podem se tornar projetos" e, além disso, reclamou de "mesquinhez" e "perseguição" dos que desaprovaram a reunião.

"Estou buscando as instituições, as autoridades, os líderes, e estou apresentando e discutindo ideias que podem se tornar projetos. Mas a mesquinhez política de grupelhos e de poderosos conglomerados com interesses ideológicos ou financeiros faz soar um alarido ríspido, crítico e de perseguição", afirmou Marcelinho Carioca.

"A incompreensão de alguns levou a represálias, mas sei bem o quanto as comunidades da periferia precisam de apoio. Obrigado a todos que compreendem que cada personalidade tem o direito e o dever de fazer algo em retribuição à sociedade, e hoje foi o meu dia e eu não paro por aqui. Continuo discutindo ideias e esperando que virem projetos!", acrescentou.

A imagem de Marcelinho ao lado de Bolsonaro, que vestiu a camisa do Corinthians, gerou críticas de torcedores alvinegros que fazem oposição ao atual presidente da República. Isto obrigou o próprio clube a se manifestar hoje, durante a tarde, com uma nota oficial na qual disse que não teve qualquer envolvimento com o encontro entre os dois.

O ex-atleta, porém, comemorou muito o fato de que Bolsonaro vestiu a camisa corintiana. "Hoje, aproveitando a oportunidade, fiz um pedido para que o presidente da República colocasse a camisa do Timão pela primeira vez. Ele foi solícito e, em respeito à nação de quase 40 milhões de corintianos, aceitou e a vestiu", ressaltou.

Marcelinho exaltou a MP 984, que modifica negociações pelos direitos de transmissão do futebol brasileiro: "Consegui fazer a proeza com que o presidente do país, que editou uma Medida Provisória que dá liberdade aos clubes, jogadores e empresas, que é palmeirense assumido e já vestiu as camisas de outros clubes e nunca a do Timão, hoje fizesse isso."

Leia o pronunciamento de Marcelinho Carioca:

Fala, meu povo corintiano, nação alvinegra. Corinthians, minha vida, minha história, Corinthians, o nosso amor. Bem, galera. Hoje, dia 29, eu tive o prazer de ser recebido pelo presidente da República, o chefe da nossa nação: Jair Messias Bolsonaro. Eu fui até Brasília cumprir esta agenda como um mero cidadão brasileiro. Eu não falo pelo Sport Club Corinthians Paulista, como bem explicou a nota oficial do clube, nem tampouco qualquer empresa privada.

Eu fui como cidadão brasileiro. Um filho de um gari, com muito orgulho que sou, jornalista e gestor público que conhece a realidade da várzea, das pessoas, da brincadeira praticada com o pé no barro e do futebol feminino, que não tem vez. Levei hoje ao presidente da República ideias que podem se tornar projetos para o resgate das modalidades esportivas que promovem inclusão social e educacional na base, na várzea, na periferia... Onde as pessoas estão excluídas pelo Estado.

Basta de extremos, de sopa de letrinhas sobre ser radicalmente de 'esquerda' ou de 'direita'. As pessoas têm fome, estão desempregadas e precisam ser amparadas. Eu tenho a exata noção de onde saí, onde cheguei, de quem sou filho e o que pretendo fazer em favor da sociedade com o que aprendi e tenho estudado. Estou buscando as instituições, as autoridades, os líderes, e estou apresentando e discutindo ideias que podem se tornar projetos.

Mas a mesquinhez política de grupelhos e de poderosos conglomerados com interesses ideológicos ou financeiros faz soar um alarido ríspido, crítico e de perseguição.

Hoje, aproveitando a oportunidade, fiz um pedido para que o presidente da República colocasse a camisa do Timão pela primeira vez. Ele foi solícito e, em respeito à nação de quase 40 milhões de corintianos, aceitou e a vestiu. Consegui fazer uma proeza com que o presidente do país, que editou uma Medida Provisória que dá liberdade aos clubes, jogadores e empresas, que é palmeirense assumido e que já vestiu as camisas de outros clubes do Brasil e nunca a do Timão, hoje fizesse isso.

A incompreensão de alguns levou a represálias, mas sei bem o quanto as comunidades da periferia precisam de apoio. Obrigado a todos que compreendem que cada personalidade tem o direito e o dever de fazer algo em retribuição à sociedade, e hoje foi o meu dia e eu não paro por aqui. Continuo discutindo ideias e esperando que virem projetos.

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