Casagrande na quarentena: "Não sinto tédio, mas tive vontade de fumar"
Praticamente sem sair de casa desde o início da pandemia do coronavírus, Casagrande revelou o que mantém sua mente ocupada durante os dias de quarentena.
Anos depois de overdoses, acidentes e internações por uso de álcool e drogas, o comentarista da TV Globo, que está lançando um livro sobre o tema, disse estar tomando todos os cuidados para não cair nas antigas armadilhas. Em entrevista ao jornal O Globo, ele detalhou um pouco de sua atual rotina.
"Eu estou sem sair de casa. Só saio pra fazer o 'Bem, Amigos!' no SporTV e volto logo depois. Acompanho a GloboNews desde que começou a pandemia, depois quando começou essa tragédia política em que nos encontramos. Faço lives toda quinta e sábado, me mantenho atualizado. Preenchi muito bem os meus dias pra não dar tempo de a minha cabeça ficar de saco cheio", disse.
Casagrande afirmou ainda como contorna momentos ociosos. "Eu não senti tédio, mas tive vontade de fumar, e eu não fumo mais. Se eu entrar no barulho da minha cabeça e fumar, f***. Aí ligo a TV, pego um livro e passa batido. Vou sair desta pandemia bem evoluído na questão do tédio, ansiedade e impulsividade."
Uso de redes sociais
Na entrevista, Casagrande afirmou que tenta driblar os ataques virtuais ao ter o filho Leonardo cuidando de algumas contas pessoais. Apesar disto, falou ser recorrente o fato de ler comentários que o classificam como drogado.
"Tem gente que não acredita que a dependência química é uma doença, que as pessoas podem se recuperar. Para elas, a Terra é plana, então não tem diálogo, não dou atenção. Mas os ataques cruéis e o preconceito machucam. Atingem a alma da pessoa. Não corta a pele, não sangra, mas entra uma faca na alma. É uma cicatriz que não fecha. Me fez muito mal, acredito que faça ainda", disse o comentarista.
"Então, quem cuida do meu Instagram, por exemplo, é o meu filho do meio, Leonardo. Não vejo comentários. Se olho dois comentários, sempre tem um me chamando de drogado", disse.
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