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Mercado da bola: Como Corinthians cobiça Roger Guedes mesmo com dívidas

Roger Guedes em ação pelo Shandong Luneng, da China - Shandong Luneng/Site oficial
Roger Guedes em ação pelo Shandong Luneng, da China Imagem: Shandong Luneng/Site oficial

Do UOL, em São Paulo

16/06/2020 04h00

O Corinthians está bem perto de garantir o retorno de Jô, mesmo em grave crise financeira em meio a um déficit de R$ 177 milhões no ano passado. O clube também chegou a fazer uma consulta sobre a situação do atacante Roger Guedes, que está no futebol da China, em uma operação que será pra lá de custosa se quiser ficar com o atleta -- ele recebe cerca de R$ 2 milhões líquidos por mês e não há qualquer sinalização de que o Shandong Luneng vai arcar com esses valor em uma possível volta por empréstimo ao Brasil.

Para ficar com Guedes, além de vencer uma disputa que conta também com o Atlético-MG, há também uma multa de três milhões de euros (R$ 17 milhões) que precisa ser paga pelos chineses ao Palmeiras se o atleta for emprestado a um clube do futebol brasileiro. Mas, como o Corinthians em crise financeira consegue espaço para cobiçar contratações como essas?

Endividado e com três meses de salários atrasados, o Corinthians viu um espaço financeiro para a contratação de Jô depois da saída de Vagner Love, embora os gastos com salários serão maiores com o atacante campeão brasileiro em 2017. Isso resolveu um espaço na folha de pagamento, já que sua aquisição não teria custos.

Jô rescindiu o contrato com o Nagoya Grampus, do Japão, nos últimos dias. Desta forma, chegaria ao Corinthians sem custo imediato. O jogador receberia luvas diluídas no salário. Com a saída de Love rumo do CSKA Moscou, parte desse vencimento estaria "livre".

O Corinthians admite ainda que conta com o dinheiro da venda do meia-atacante Pedrinho ao Benfica para quitar dívidas. No começo de maio, Andrés Sanchez, presidente do clube alvinegro, explicou como as cifras ajudarão a amenizar a situação atual. Parte desse dinheiro é o que seria usado caso andasse o interesse por Roger Guedes, mas que é tido como distante nesse momento. Outra possibilidade era um empréstimo gratuito só arcando salários. Mas, após a consulta, os valores assustaram, e o negócio é bem difícil.

"A prioridade é acertar algumas luvas de jogadores, acertar o fundo de garantia, pagar algumas coisas e aguentar no mínimo mais dois meses de salários do clube e dos jogadores para frente", afirmou em entrevista ao site Meu Timão.

Naquela ocasião, o clube tentava antecipar duas de quatro parcelas da venda de Pedrinho. Agora, busca o repasse integral, por meio de um banco europeu, com juros menores. O próprio contrato de venda seria usado como garantia.

O Corinthians tem 70% dos direitos econômicos de Pedrinho, que foi vendido por 20 milhões de euros (R$ 116,8 milhões na atua cotação). O clube receberá, dessa forma, 14 milhões de euros (R$ 81,7 milhões).

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