Juca Kfouri: "Luxemburgo tratou racismo no futebol como frescura. Não é!"

O técnico Vanderlei Luxemburgo minimizou o racismo no futebol em entrevista dada na última semana ao Estadão, justamente na semana em que houve protestos em diversas localidades na luta contra o racismo e que até jogador participou das manifestações, caso do meio-campista Tchê Tchê, do São Paulo.

No podcast Posse de Bola #36, os jornalistas Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira rebatem as declarações dadas pelo treinador do Palmeiras e apontam que ele precisa se atualizar em relação ao mundo atual e que racismo, machismo e homofobia não são aceitáveis em quaisquer circunstâncias, inclusive no futebol.

"Um outro cidadão chega e fala 'ah, esse negócio de racismo no futebol é bobagem, isso aqui é só para provocar o adversário'. Não, antigamente era assim, hoje não é mais, hoje não se tolera isso. Antigamente você chamava o outro de qualquer coisa no campo ou fora e o sujeito aceitava porque era assim, não é mais. Antigamente você chamava a mulher de qualquer coisa também e elas aceitavam, hoje 'que história é essa, meu amigo?', não aceitam. A mesma coisa vale para a homofobia, o mundo mudou, o futebol mudou", diz Mauro Cezar (disponível no vídeo a cima a partir de 44:14).

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"Talvez você (Mauro) tenha se referido exatamente ao que o próprio Luxemburgo disse com relação ao racismo no futebol, e ele tratou como 'não, no futebol é frescura'. Não é frescura, não. É essencial parar com isso, essencial, e ele acha que é frescura porque ele está pensando com a cabeça de 20 anos atrás. Racismo não é frescura em lugar nenhum. Racismo é racismo", completa Juca.

Posse de Bola: Quando e onde ouvir?

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