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OPINIÃO

Mauro Cezar: "Zagallo era uma caricatura em 1998. Ele foi grande em 1970"

Do UOL, em São Paulo

23/04/2020 12h00

Com as emissoras de televisão exibindo reprises de jogos de futebol, uma figura constante para o torcedor brasileiro tem sido a de Mário Jorge Lobo Zagallo, campeão mundial como jogador em 1958 e 1962, além de técnico da seleção brasileira no título de 1970 e coordenador técnico em 1994. Mas Zagallo também comandou a seleção brasileira nas Copas do Mundo de 1974 e 1998, quando foi derrotado por Holanda e França, respectivamente, e foi assistente de Carlos Alberto Parreira em 2006.

No podcast Posse de Bola #29, Mauro Cezar Pereira aborda as participações de Zagallo com a seleção em Copas, em 1994 e 1998, e critica a montagem do time que perdeu o título para os franceses em jogo que ficou marcado pela atuação de Zinedine Zidane.

"O time era um bando, o time era uma bagunça. E aquela coisa patética 'falta 4, falta 3'. O Zagallo era uma caricatura em 1998. Ele foi grande em 1970, sem dúvida alguma. Fora isso, foi arrogante em 1974, quando menosprezou, inclusive, adversários importantes como a própria Holanda, não deu atenção, aquela coisa toda", afirma Mauro Cezar (disponível no vídeo acima a partir de 1:08:32).

"Em 1994, teve um papel importante de suporte ao Parreira, é inegável isso, ele dava a cara a tapa e aí os críticos do Parreira batiam nele e ele dava um pouco mais de tranquilidade ao técnico para trabalhar. Ali ele fez o papel estratégico, mas não como montador de time técnico, mais uma questão até de política. Vai lá o Zagallo, dá entrevista, desafiava alguns nomes da imprensa, que eram críticos ao trabalho da comissão técnica, então, ele ali fez um papel importante, mas não como treinador. Em 1998, era uma piada", completa o jornalista.

Mauro afirma que a seleção brasileira conseguiu chegar à final devido ao nível dos jogadores que o time tinha e que o Brasil perderia para os franceses, mesmo que Ronaldo não tivesse sofrido uma convulsão horas antes da partida decisiva.

"O time do Brasil sobrevivia graças ao talento individual dos atletas, foi até a final se arrastando, sabe-se lá como. E na final não ganharia jamais porque a França era melhor, mais bem treinada, jogava em casa, teve tudo. Aí ficou essa desculpa esfarrapada do Ronaldo. Jogasse com o Ronaldo inteiro ou passando mal, o Brasil não venceria aquele jogo porque a seleção era mal treinada demais", conclui o jornalista.

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