Advogados de Ronaldinho usam bastidores para dosar efeito político no caso

Os advogados paraguaios de Ronaldinho Gaúcho e Assis trabalham nos bastidores para avaliar se de fato há interferência política na situação dos irmãos presos em Assunção, no Paraguai.

Apesar de não falar publicamente, a defesa dos dois suspeita de que fatores políticos acabam prejudicando seus clientes.

Um dos fatos a ser checado é se de existe uma rixa entre integrantes do governo atual com seus antecessores. Entre os advogados e a imprensa que cobre o caso existem comentários sobre essa suposta briga, que envolveria integrantes do mesmo partido, o Colorado. Tal situação teria aumentado o ímpeto das autoridades atuais nas investigações com o objetivo de atingir gente que fez parte da administração anterior.

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Na contramão dessa teoria, o avanço das investigações tem provocado abalos no governo atual.

Na última segunda-feira, o presidente paraguaio, Abdo Benítez, deu entrevista deixando clara a importância que dá para o caso envolvendo o uso de documentos públicos com conteúdo falso por parte dos dois brasileiros. Ele afirmou que ordenou uma profunda investigação sobre o episódio e disse que o governo precisa saber a verdade caia quem cair.

Além disso, existe o entendimento entre os defensores dos ex-jogadores de que Ronaldinho está sendo usado como um troféu pelas autoridades. Seria uma demonstração de poder.

Há até o sentimento no entorno do ex-jogador, de que a fama o atrapalha, pois, se ele não fosse tão conhecido sua prisão preventiva não geraria tanta visibilidade. Os advogados de Ronaldinho alegam que uma série de irregularidades envolve a prisão preventiva dele e de Assis. A tese de que há direcionamento político no caso ajudaria a explicar tal situação, de acordo com o raciocínio dos defensores.

Em meio à discussão sobre a questão política influenciar ou não no caso, o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Sérgio Moro, entrou em contato com as autoridades paraguaias em busca de informações sobre a situação dos dois brasileiros. O gesto colocou uma pimenta a mais na história.