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Caso Ronaldinho: MP acusa mais três pessoas, e total de envolvidos vai a 14

Ministério Público paraguaio acusa mais três pessoas possivelmente envolvidas em fraude de documentos - Divulgação
Ministério Público paraguaio acusa mais três pessoas possivelmente envolvidas em fraude de documentos Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

11/03/2020 22h01

O Ministério Público do Paraguai pediu a prisão preventiva de mais três pessoas no caso de fraude de documentos que envolve Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis. Desta forma o número de detidos chega a 14 pessoas que teriam cometido crimes relacionados ao uso de documentos falsos.

Em pronunciamento oficial, o MP informa que os detidos são Bernardo Guzmán Arellano Domínguez, que seria um facilitador para a obtenção dos documentos; Cirilo Gustavo Amarilla Cañete, um oficial da Departamento de Informática da Polícia Nacional; e Vicente Javier Martínez Moreno, que atrairia pessoas para solicitar documentos e depois os repassaria para usos ilícitos. Todos eles foram detidos e tiveram a prisão preventiva solicitada pelo MP junto à Justiça.

Bernardo Guzmán chegou a ser chamado pelo MP para prestar depoimento, mas se absteve do processo. Ele faria parte de uma estrutura criminosa que facilitaria a obtenção de documentos falsos para estrangeiros, e nesta posição teria começado a trabalhar para Ronaldinho e Assis ainda no mês de dezembro.

Já Cirilo Cañete, um policial, é acusado de associação criminosa e também de produzir documentos públicos falsos. De dentro do Departamento de Informática, ele estaria usando seus contatos para criar registros e adulterar dados biográficos.

Por último, Vicente Moreno faria parte de uma organização para produzir documentos e depois usá-los de forma ilícita. Ele seria o encarregado de atrair pessoas que solicitassem a expedição de documentos pessoais em instituições públicas, depois tomava posse destes documentos e entregaria para outro grupo para serem adulterados.

O caso que envolve Ronaldinho Gaúcho cresceu de ontem para hoje e passou a atingir funcionários públicos. Há suspeitas de corrupção, máfia e até lavagem de dinheiro. Entre os detidos, estão, por exemplo, quatro funcionários dos departamentos de aeronáutica e imigração do aeroporto de Assunção, acusados de terem permitido a entrada do ex-jogador brasileiro e seu irmão no país com documentos falsos.