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O que Jardine pode fazer para alterar o ataque do Brasil no Pré-Olímpico

Pepê bate para fazer golaço contra o Uruguai, no Pré-Olímpico - Lucas Figueiredo/CBF
Pepê bate para fazer golaço contra o Uruguai, no Pré-Olímpico Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Danilo Lavieri

Do UOL, em Bucaramanga (Colômbia)

08/02/2020 12h00

O Brasil enfrenta a Argentina amanhã (9), a partir das 22h30 (de Brasília), em busca da vaga em Tóquio-2020. Depois da queda de desempenho no quadrangular, André Jardine admitiu que poderá fazer mudanças na sua equipe e, pela primeira vez, essas trocas podem atingir também o ataque.

"Tem chance, sim [de alterar o ataque]. É o momento de a gente olhar a Argentina. Temos que pensar em todas as possibilidades, que eles descansem, se recuperem. A gente percebe desgaste grande, emocional, psicológico, porque é difícil estar 40 dias juntos e pensando o tempo todo no objetivo. Mas talvez seja o momento de a gente pensar em todas as possibilidades que o elenco nos dá. Passa realmente pela minha cabeça alguma mudança no nosso jogo", afirmou o treinador após o empate em 1 a 1 com o Uruguai.

Depois de alterar a linha defensiva para o quadrangular final, o comandante agora indica que fará uma mudança na parte da frente. Quais são as opções do comandante para o setor?

Pepê titular

O atacante do Grêmio é um dos destaques da competição. Apesar de ficar na reserva em cinco dos seis jogos, ele é o artilheiro do time ao lado de Matheus Cunha, com três gols em 184 minutos em campo, o que significa a melhor média de todo o elenco. A mudança natural seria a saída de um dos dois pontas: Antony ou Paulinho.

Os dois têm uma minutagem praticamente idêntica, com a diferença que o são-paulino foi substituído apenas uma vez. Já o atleta do Bayer Leverkusen saiu do jogo nas últimas cinco ocasiões e só jogou 90 minutos na estreia, diante do Peru.

Paulinho conduz a bola em lance da partida Brasil x Uruguai pelo Pré-Olímpico - Luisa Gonzalez/Reuters - Luisa Gonzalez/Reuters
Imagem: Luisa Gonzalez/Reuters

Paulinho centralizado?

Nos últimos jogos, Jardine mostrou que pensa em utilizar Paulinho mais centralizado. Para colocar Pepê, ele tirou Pedrinho e deixou a revelação do Vasco com mais responsabilidades no meio. Por enquanto, a tática não se mostrou efetiva, tanto que ele foi sacado dos últimos cinco jogos antes do apito final. Pedrinho, por sua vez, foi substituído nos dois últimos jogos e parece não convencer o treinador de que é indispensável para o time.

Reinier recebe a companhia de seu pai para os jogos decisivos no Pré-Olímpico - Lucas Figueiredo/CBF - Lucas Figueiredo/CBF
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Reinier não merece espaço?

Quando Pedrinho machucou, a primeira alternativa do treinador foi colocar Reinier como titular. Ele foi bem, fez um gol e deu uma assistência, mas parece não ter convencido o comandante que pode agregar à equipe. Não à toa, o meio-campista do Real Madrid teve apenas dois minutos contra a Colômbia e sete minutos contra o Uruguai. Uma das possibilidades, inclusive, seria utilizá-lo como falso 9, mas parece pouco provável que Matheus Cunha, artilheiro do Projeto Olímpico, com 12 gols em 15 jogos seja sacado da equipe.

Igor Gomes pode ter outra chance

Uma alternativa que ainda não se mostrou eficiente foi a entrada de Igor Gomes. Apesar da relação de confiança que tem com o treinador pelos tempos de São Paulo, o meio-campista ainda não conseguiu brilhar e nos quatro jogos em que teve chance. Contra o Uruguai, na 2ª rodada do quadrangular, ele saiu do banco novamente para atuar como armador, mas não conseguiu fazer a diferença.