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Inter tenta "juntar os cacos" longe da pressão para resgatar temporada

O aproveitamento do Inter despencou com Zé Ricardo no comando. Time busca recuperação - Ricardo Duarte/Inter
O aproveitamento do Inter despencou com Zé Ricardo no comando. Time busca recuperação Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

30/11/2019 04h00

Resumo da notícia

  • O Internacional precisa "juntar os cacos" depois de dois resultados ruins em casa.
  • Agora, terá duas partidas fora, a primeira contra o Botafogo, hoje, para tentar manter a chance de Libertadores.
  • Caso não vença e o Goiás supere o Fortaleza, o Inter deixa o grupo de classificação para competição continental.
  • Atuar longe do Beira-Rio diminui a pressão sobre o grupo de jogadores, que convive com protestos.
  • A vaga na Libertadores é considerada forma de resgatar a temporada após insucessos em outros torneios.

"Juntar os cacos", essa é a expressão mais repetida pelo Inter desde os dois infortúnios seguidos em casa, contra Fortaleza e Goiás. Agora, o time parte para duas partidas como visitante, cuja primeira será hoje, às 19h (de Brasília), contra o Botafogo, pela 36ª rodada do Brasileiro. Distante da pressão exercida pela torcida, a única alternativa para resgatar a temporada é encaminhar a vaga na próxima Libertadores.

A possibilidade de atingir a fase de grupos sem precisar das eliminatórias já ficou para trás. Ainda que seja viável de forma matemática, os resultados recentes fazem da etapa preliminar da competição algo quase inevitável. E nem mesmo ela está confirmada.

Depois de somar apenas um ponto em seis disputados em casa, o Colorado ficou realmente ameaçado. Tem 51 na classificação, somente dois a mais que o Goiás. Ou seja, derrota ou empate combinado com vitória do Esmeraldino, que pega o Fortaleza no Serra Dourada, significa deixar a linha de classificação faltando duas rodadas para o fim do torneio.

O desempenho recente justifica o quadro de pressão ao time. Sem sucesso, oscilando e perdendo o fator local desde a demissão de Odair Hellmann, o Inter convive com repetidos protestos. Em meio a isso, o vice de futebol Roberto Melo e o diretor de futebol Adauri Silveira pediram desligamento dos cargos durante a semana e não fazem mais parte da direção do clube.

"Depende muito. Sabemos que não estamos tendo bom desempenho e isso acarreta a pressão da torcida na nossa casa. Mas, mesmo com todos estes erros, ainda estamos na zona de classificação para Libertadores e dependemos só de nós mesmos. Tenho certeza que conseguiremos a vaga, porque este grupo já mostrou o que pode fazer. Estamos oscilando muito, é verdade, temos que reconhecer e melhorar", disse o volante Edenilson.

A direção está empenhada em não deixar o que ocorre fora de campo atrapalhar. Seja o planejamento de 2020, as negociações que ocorrem muito nesta época do ano, a pressão da torcida ou mesmo as trocas que ocorrem no comando.

"Precisamos juntar os cacos, lamber as feridas, nos unirmos para os jogos que restam, que são muito importantes. Precisamos conquistar essa vaga na Libertadores", disse o diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano. "Se fizermos os pontos fora, não vamos precisar torcer por ninguém. Vamos fazer o máximo de pontos possíveis. Se for torcer por alguém, que seja na última rodada", completou Edenilson.

A vaga na Libertadores é última possibilidade de comemoração em 2019. O Colorado perdeu o Estadual para o Grêmio, foi eliminado da Libertadores pelo Flamengo e perdeu em casa a decisão da Copa do Brasil para o Athletico Paranaense.

FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO X INTERNACIONAL

Data e hora: 30/11/2019, sábado, às 19h (Brasília)
Local: estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR)
Auxiliares: Bruno Boschilia e Ivan Carlos Bohn (ambos do PR)
Árbitro de vídeo: Wagner Reway (PB)

BOTAFOGO: Gatito Fernández; Fernando, Carli, Marcelo e Yuri; Cícero, João Paulo (Jean ou Bochecha) e Alex Santana; Rhuan, Igor Cássio e Diego Souza. Técnico: Alberto Valentim.

INTERNACIONAL: Marcelo Lomba; Heitor, Rodrigo Moledo, Cuesta e Uendel; Lindoso, Edenilson, Nico López, Sarrafiore (Neilton) e Patrick; Paolo Guerrero. Técnico: Zé Ricardo.

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