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CBF vai afagar europeus por olímpicos, mas endurece postura no Brasil

Rogério Caboclo e Walter Feldman inauguram a Brasil Futebol Expo - Tatiana Korps/Divulgação
Rogério Caboclo e Walter Feldman inauguram a Brasil Futebol Expo
Imagem: Tatiana Korps/Divulgação

Danilo Lavieri e Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo (SP)

04/09/2019 20h08

A seleção brasileira vai à Europa para tentar resolver o problema com a liberação de atletas olímpicos. Depois de perder Renan Lodi para os amistosos contra Colômbia e Chile por conta da resistência do Atlético de Madri, coordenador de base da CBF, Branco, prometeu conversar com os times do Velho Continente.

Ao mesmo tempo que adota a estratégia de se aproximar dos europeus, a entidade avisa as equipes brasileiros que não pretende liberar os atletas. Abner Vinícius, do Athletico Paranaense, inclusive, foi convocado para o lugar de Lodi.

"O Lodi já tem o caso com a parte jurídica, não entra na minha alçada. Mas estamos falando com alguns clubes e vamos visitá-los na Europa. É um grande problema que a gente tem para formar a seleção", afirmou Branco ao UOL Esporte durante participação na Brasil Futebol Expo.

O problema com a liberação de atletas olímpicos não é novo. Enquanto ainda era coordenador de seleções, Edu Gaspar foi a público em diversas ocasiões para mostrar preocupação para formar a equipe olímpica que busca vaga no Japão, em 2020.

A questão tira cada vez mais o sono da CBF com a proximidade das competições. O pré-olímpico será disputado em janeiro, na Colômbia, e não está no calendário como data Fifa, o que permite que os europeus endureçam na liberação.

Walter Feldman, secretário geral da CBF, foi outro que defendeu as convocações dos atletas com ou sem a liberação. Ele, inclusive, disse que Rainier, do sub-17 do Flamengo, não será liberado apesar da intenção de Jorge Jesus de testá-lo entre os profissionais.

"Temos que convocar sempre os melhores. Brasil não vinha ganhando nada porque não convocava os melhores. Se não vai liberar, é outra questão que foge a nossa competência", afirmou Feldman.