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Como Pacaembu pode ajudar o Palmeiras a espantar fantasma da Libertadores

Ábila, do Boca Juniors, é marcado por Bruno Henrique na semifinal da Libertadores-18 - AP Photo/Andre Penner
Ábila, do Boca Juniors, é marcado por Bruno Henrique na semifinal da Libertadores-18 Imagem: AP Photo/Andre Penner

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo

27/08/2019 12h00

Resumo da notícia

  • Palmeiras foi eliminado no Allianz Parque nas duas últimas edições da Libertadores
  • Em 2017, o Verdão caiu nas oitavas de final para o Barcelona, do Equador, nos pênaltis
  • No ano passado, o time paulista chegou até a semifinal, mas parou no Boca Juniors
  • Hoje, a decisão será no Pacaembu porque o Allianz recebeu shows no fim de semana

Por fazer boas campanhas na fase de grupos, o Palmeiras se acostumou a decidir os mata-matas da Copa Libertadores da América sempre em casa. Foi assim em 2017 e 2018. Só que isso também se transformou em problema nas duas últimas temporadas, quando o Allianz Parque acabou sendo palco de eliminações frustrantes para a torcida.

Neste ano, o Verdão tem conseguido conter esse fantasma. Primeiro, nas oitavas de final, superou a pressão da própria torcida e goleou o Godoy Cruz, da Argentina. Agora, nas quartas, já chega à capital paulista mais aliviado com o triunfo por 1 a 0 sobre o Grêmio, em Porto Alegre. E ainda não terá o peso que o Allianz Parque poderia carregar pelas quedas dos últimos anos.

A arena não poderá ser usada no duelo de hoje, às 21h30, porque recebeu shows da dupla Sandy & Júnior no fim de semana. Não haveria tempo hábil para deixar o gramado em boas condições e desmontar toda a estrutura do espetáculo. A solução foi rumar para o Pacaembu. O clube tem ótimo retrospecto no estádio municipal sob o comando de Luiz Felipe Scolari, e os jogadores consideram o gramado até melhor do que o do Allianz nesta temporada.

Moisés, ex-meia do Palmeiras, em ação contra o Barcelona de Guayaquil em 2017  - EFE/Sebastião Moreira - EFE/Sebastião Moreira
Moisés, ex-meia do Palmeiras, em ação contra o Barcelona de Guayaquil em 2017
Imagem: EFE/Sebastião Moreira

Também há uma mudança de perfil da torcida. Tanto pela vitória no jogo de ida, quanto pelos preços mais baixos dos ingressos no Pacaembu. A tendência é ver um público menos impaciente e o time mais empurrado pelas arquibancadas. Um cenário se inverteu nas eliminações de 2017, para o Barcelona-EQU, e 2018, para o Boca Juniors.

Nessas quedas, a torcida teve picos de incentivo que ajudaram o Palmeiras a reagir. Só que por muitas vezes o Allianz foi tomado por um clima de apreensão, com lamentações ecoando a cada erro alviverde ou acerto dos adversários - contra o Boca, o time até teve o esforço reconhecido mesmo após o fim da partida.

Seis anos sem jogar no Pacaembu pela Libertadores

Hoje, no Pacaembu e sem a pressão de outrora, o Verdão aposta em um futuro melhor, até para voltar ao Allianz em uma eventual semifinal. Mas a última lembrança de Libertadores no estádio municipal também não é nada positiva.

Em 2013, antes da reforma do Palestra Itália, o time jogou toda a competição no Pacaembu. Os palmeirenses tinham uma equipe modesta, que disputava também a Série B do Campeonato Brasileiro, mas conseguiram avançar para as oitavas de final muito no embalo dos torcedores. O problema é que, após empatar sem gols com o Tijuana no jogo de ida, o Verdão sucumbiu em casa por 2 a 1. A partida ficou marcada por erros do goleiro Bruno.

FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS X GRÊMIO

Local: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 27 de agosto de 2019, às 21h30
Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)
Assistentes: Hernán Maidana e Ezequiel Brailovsky (ambos da Argentina)
VAR: Daniel Fedorczuk (Uruguai)

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gómez e Diogo Barbosa; Thiago Santos, Bruno Henrique e Gustavo Scarpa; Willian, Dudu e Luiz Adriano. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

GRÊMIO: Paulo Victor; Leonardo, Geromel, Kannemann e Cortez; Maicon, Matheus Henrique, Alisson, Jean Pyerre e Everton; André. Técnico: Renato Gaúcho.

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