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Com V. Hugo e Dourado, Palmeiras repatria uma solução e uma "emergência"

Vitor Hugo foi campeão brasileiro pelo Palmeiras em 2016 - Friedemann Vogel/Getty Images
Vitor Hugo foi campeão brasileiro pelo Palmeiras em 2016 Imagem: Friedemann Vogel/Getty Images

Danilo Lavieri e Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

25/07/2019 04h00

Os dois reforços mais recentes fechados pelo Palmeiras são jogadores que já defenderam o clube, mas que vivem cenários bem distintos, tanto na imagem que deixaram na primeira passagem quanto no papel projetado para eles agora. Se o zagueiro Vitor Hugo é visto como o nome de peso para solucionar uma carência de elenco na defesa, o centroavante Henrique Dourado surgiu como uma oportunidade para tentar remediar a emergência na frente.

Vitor Hugo, 28 anos, foi campeão da Copa do Brasil 2015 e do Brasileirão 2016 pelo Palmeiras. Com estilo brincalhão fora de campo e sério dentro dele, é xodó da torcida alviverde e teve seu retorno muito comemorado nas redes sociais. Após duas temporadas na Fiorentina, chega mais experiente e com contrato de cinco anos para assumir importância central na parte defensiva do Verdão.

Do outro lado, Henrique teve uma passagem em 2014 que, se teve bons números individuais, ficou mais marcada pela briga contra o rebaixamento no Brasileiro. Ele foi o vice-artilheiro daquele campeonato, com 16 gols, e marcou de pênalti o gol que salvou o Palmeiras na última rodada. O entusiasmo do torcedor pelo retorno do "Ceifador", com contrato de empréstimo de seis meses, é consideravelmente menor.

O espaço que cada reforço ocupa no planejamento do Palmeiras também é bem discrepante. Vitor Hugo é visto como peça para qualificar ainda mais as opções defensivas, em um setor bem servido pelos titulares Luan e Gustavo Gómez, mas com dúvidas a respeito de Antônio Carlos e Edu Dracena. Com a saída por empréstimo de Juninho para o Bahia, ele também passa a ser o único zagueiro canhoto do elenco.

Dracena, aliás, tem 38 anos, contrato se encerrando em dezembro e nenhuma conversa sobre renovação. Caso o veterano deixe o clube no fim da temporada, o Palmeiras já considera a saída reposta. A diretoria também não estabelece relação entre a contratação de Vitor Hugo e uma possível saída de Gustavo Gómez, que está emprestado pelo Milan, mas já com acordo alinhavado para que ele se torne jogador alviverde em definitivo no ano que vem.

Henrique Palmeiras 2014 - Cristiano Andujar/Getty Images - Cristiano Andujar/Getty Images
Henrique Dourado jogou no Palmeiras em 2014, quando o time brigou para não cair
Imagem: Cristiano Andujar/Getty Images

Já Henrique vem com contrato curto, somente até o fim do ano, e a custo zero. Os chineses do Henan Jianye queriam emprestar o centroavante para que ele recuperasse ritmo de jogo e voltasse a aparecer para o mercado, depois de ele se lesionar gravemente logo em sua estreia pelo time asiático, em março. Ele sofreu fratura da tíbia e não joga desde então.

A contratação de Henrique Dourado vem em um momento no qual os centroavantes do Palmeiras vivem fase turbulenta. Antes titular incontestável, Deyverson entrou em mau momento e perdeu lugar para Borja no último jogo. O colombiano foi bem e fez um belo gol contra o Godoy Cruz, mas segue na lista de negociáveis do clube, principalmente para evitar o pagamento de mais R$ 11 milhões no próximo mês por mais 30% de seus direitos que o Palmeiras será obrigado a fazer ao Atlético Nacional se ele ficar.

Arthur Cabral, o outro 9 do elenco, quase nunca joga e ainda não cativou Felipão, mas não pensa em deixar o Palmeiras agora. Nesse cenário, Henrique chega como um plano B para dar uma nova alternativa ao treinador, que aprovou sua contratação. A diretoria, aliás, segue na busca por um novo centroavante, mesmo após o acerto com Dourado.

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