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Corinthians diz que "não trabalha com hipótese" de impugnação da final

Pênalti anulado pelo árbitro Marcelo Aparecido de Souza marcou a final do Estadual - THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Pênalti anulado pelo árbitro Marcelo Aparecido de Souza marcou a final do Estadual Imagem: THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

12/05/2018 04h00

Segundo o departamento jurídico do Corinthians, a tentativa do Palmeiras de impugnar a final do Campeonato Paulista não preocupa. O clube alvinegro acompanha o caso de perto, mas descarta a hipótese de um novo jogo entre os times valendo o título estadual - os rivais voltam a medir força neste domingo, pelo Brasileirão, em Itaquera.

"O Corinthians está confiante que o resultado vai ser mantido como foi na Federação Paulista. Em nenhum momento o clube teve receio da alteração, porque não teve interferência externa. O árbitro já explicou, demonstrou. Está tudo dentro das normas. Então não trabalhamos com hipótese de perda do caso", disse Trubilhano

Como revelou o UOL Esporte, pessoas envolvidas no caso, tanto do lado do Palmeiras como da FPF, entendem que a atuação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que é ligado à CBF, pode ser afetada pela guerra política entre Marco Polo del Nero e Reinaldo Carneiro Bastos.

"O que nós fazemos é confiar no resultado positivo. Não trabalhamos com outra hipótese, de mudar a decisão da Federação Paulista. Entendemos que no nível superior será a mesma coisa. Acompanhamos de perto como todos os casos", completou o diretor corintiano.

No último dia 4, quase um mês depois da vitória do Corinthians nos pênaltis, marcada pela anulação de um pênalti de Ralf em Dudu assinalado pelo árbitro Marcelo Aparecido de Souza, o Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) negou o pedido de impugnação da decisão pedido pelo Palmeiras.

Em despacho, o presidente do tribunal, Antônio Olim, alegou que o clube não cumpriu o prazo de dois dias para entrar com a petição, extinguindo o processo sem o julgamento do mérito.

Com a decisão, o Palmeiras não pôde recorrer diretamente da decisão a uma instância superior como o STJD. A saída encontrada pelo clube alviverde foi entrar com um mandado de garantia no STJD e com um recurso voluntário no próprio TJD. O objetivo do mandado de garantia é fazer o STJD obrigar o TJD a analisar o mérito da questão.

Antes de indeferir o pedido de impugnação, o TJD já havia arquivado um inquérito, sem oferecer denúncia, após ouvir sete testemunhas. O Palmeiras sustenta que a equipe de arbitragem recebeu informações externas, o que é ilegal, para voltar atrás na decisão de marcar um pênalti sobre Dudu após oito minutos de paralisação.