Torcedores LGBTs ganham espaço para contar sobre a paixão pelos clubes
Em meio aos casos de intolerância recorrentes em estádios pelo Brasil, torcedores LGBTs se reuniram para contar suas histórias particulares de paixão pelos clubes de futebol. O movimento Eu sou, eu torço reúne depoimentos de torcedores na plataforma Medium e tem o palmeirense William de Lucca, que reclamou da homofobia no Allianz Parque, como idealizador do projeto.
A exposição de William, duramente criticado nas redes sociais após questionar o grito de “bicha” de palmeirenses contra o São Paulo, gerou depoimentos de outros torcedores gays que se sentiram representados pela crítica. A partir de então, o jornalista de 32 anos concentrou os depoimentos em um mesmo espaço, lançado na última segunda-feira.
“Recebi muitas declarações de outros torcedores LGBTs que se sentiram de alguma forma representados pelo o que eu disse, que acham que os gritos homofóbicos nos estádios precisa acabar, e que se sentiam invisíveis. A partir daí, conversando com muitos deles, decidi abrir esse espaço para contar estas histórias”, contou, em conversa com a reportagem do UOL Esporte.
Ainda único responsável por divulgar os depoimentos, William De Lucca quer ampliar o Eu sou, eu torço. Além de criar perfis em outras redes sociais – o Twitter já funciona -, o jornalista deseja encontrar mais pessoas dispostas a participar da gestão e curadoria do projeto, que tem como objetivo não atuar combativamente, mas simplesmente dar espaço a quem se sente invisível nos estádios;
“A ideia não é contar momentos de intolerância, mas falar sobre a relação positiva de LGBT com o futebol. Ainda que seja um espaço historicamente homofóbico e que não lida de forma adequada com as pautas da diversidade, é importante mostrar que existem torcedores LGBT em todas as torcidas e que todos eles têm histórias de amor incríveis com seus clubes”, acrescentou William.
Quem estiver interessado em contar a sua história de paixão por um clube de futebol pode enviar o depoimento ao email eusoueutorco@gmail.com.
“Quando mais visibilidade, mais histórias a gente recebe. Assim, quanto mais histórias a gente receber, mais visibilidade damos para a diversidade. Essa é a ideia”, encerrou o William de Lucca, uma das muitas vítimas da homofobia e do preconceito no esporte mais popular – e dito democrático - do planeta.
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