Com time 'camaleão' de Carille, Corinthians dá mais uma resposta em decisão
O filme se repetiu em Itaquera: pressionado, o Corinthians conseguiu dar uma resposta em campo e saiu mais uma vez com a missão cumprida. Desta vez, o time alvinegro virou sobre o Bragantino após perder a primeira partida, venceu com autoridade na volta e garantiu uma vaga na semifinal do Estadual.
A equipe do técnico Fábio Carille colocou o roteiro em prática pela segunda vez em 2018. Em fevereiro, depois de uma sequência de três jogos sem vencer, o Corinthians derrotou o Palmeiras por 2 a 0 em um jogo eletrizante em Itaquera.
Em novembro passado, novamente diante da equipe palmeirense, o Corinthians praticamente definiu o Campeonato Brasileiro ao derrotar o rival por 3 a 2 depois de ver o título quase escapar em uma sequência de maus resultados.
Em todos esses momentos, Carille não hesitou em fazer mudanças profundas na equipe, barrando até jogadores titulares e mudando esquemas táticos. Contra o Bragantino, por exemplo, o treinador barrou Gabriel, Sheik e Romero para colocar em campo, respectivamente, Ralf, Mateus Vital e Júnior Dutra.
Com essa formação, o comandante alvinegro ainda alterou o esquema tático ao deixar o esquema 4-2-4, sem centroavante, para trás - ele foi adotado justamente no clássico com o Palmeiras, quando o time precisou dar uma resposta. Nesta quinta-feira, a equipe voltou ao 4-2-3-1, com Dutra na referência.
Quando atuou sem centroavante contra o Palmeiras, Carille inovou ao ganhar superioridade no meio-campo, com seis atletas no setor - os dois volantes e outros quatro jogadores à frente. Assim, o time reagiu e venceu por 2 a 0 diante da sua torcida.
No ano passado, no Brasileirão, dois titulares perderam a vaga na equipe logo na partida decisiva com o rival. Jadson e Maycon deixaram o time para as entradas de Clayson e Camacho, respectivamente. Assim, os corintianos arrancaram para o título.
Concentração lá no alto
Segundo jogadores do Corinthians, outro ponto que se tornou um diferencial nesses jogos é o nível de concentração elevado. O time, pressionado, responde positivamente e entra mais pilhado em campo.
"É a concentração e a união. A gente não escuta o que vem de fora, seja bom ou ruim. Estamos muito unidos. A gente fala que sempre precisa se manter forte. Mexe mais com a gente, mexe mais com os jogadores. O nível de concentração é maior", disse Maycon, autor do segundo gol contra o Bragantino.
"No primeiro jogo das quartas faltou um pouco de concentração. Nem falo de individual, foi no geral. Acho que ficamos um pouquinho abaixo, a gente conversou bastante sobre isso. Conseguimos, todos juntos, fazer uma partida bastante consistente", afirmou Cássio.
O treinador corintiano, por sua vez, comemorou o sucesso obtido com a estratégia de aumentar a estatura da equipe, mas também ressaltou que a postura levou à vitória. "Quando estamos muito concentrados a gente sabe que é diferente, temos que procurar ser assim sempre", destacou.
O goleiro Cássio acredita que a atuação corintiana na segunda partida das quartas de final serve de exemplo para o confronto de mata-mata com o São Paulo na semifinal.
"A gente tem de manter uma regularidade nos jogos. Não pode fazer uma partida abaixo e outra muito boa, porque na que jogou abaixo a gente pode não conseguir o resultado que quer", disse o goleiro corintiano.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.