Vasco deseja Giovanni Augusto e Corinthians aguarda posicionamento do meia
O Vasco já tem um nome para substituir Nenê, que foi para o São Paulo. Trata-se de Giovanni Augusto, que não tem sido aproveitado no Corinthians e sequer foi inscrito no Campeonato Paulista. O meia, porém, precisa se convencer a deixar o Parque São Jorge já que, mesmo sem espaço, tem relutado a aceitar esta opção.
Reforço mais caro da era Roberto de Andrade e adquirido por mais de R$ 14 milhões ao Atlético-MG, Giovanni soube há duas semanas que não estava entre os jogadores escolhidos para esse primeiro semestre. Desde então, o meia de 28 anos recebeu sondagens de Vitória, Chapecoense, Sport, Botafogo e Atlético-PR, entre outras equipes. Nenhuma das alternativas empolgou o jogador, que ainda considera a hipótese de uma reviravolta. No caso, voltar aos planos de Fábio Carille.
Hoje, Giovanni Augusto tem um dos salários mais altos do elenco do Corinthians e recebe mensalmente R$ 350 mil. O Vasco, em situação financeira delicada, não tem condições de arcar integralmente com os vencimentos do atleta, e a ideia é conseguir um contrato por empréstimo com divisão do montante. Mesmo assim, há uma brecha na folha com as saídas de Nenê e Anderson Martins e a provável rescisão de Luis Fabiano.
Técnico da equipe cruzmaltina, Zé Ricardo admite a necessidade por um camisa 10:
"Neste caso, realmente queremos um jogador que possa jogar centralizado e mais pelo lado do campo. Há busca em cima dessas características, mas sem pressa, sem correr atrás de qualquer maneira, com os critérios que consideramos interessantes. Tem o Thiago Galhardo treinando muito bem, me chamando a atenção. O Evander vem sendo decisivo, muito bem à frente. Até o Cosendey entrou bem e deu a resposta. Então a gente tem peças, mas obviamente o 10 é necessário para o restante da temporada. É uma necessidade do ano".
Postura do Corinthians gera incômodo
Um fato em especial, na condução do processo feita pelo Corinthians, causou incômodo em Giovanni Augusto e outros jogadores na mesma situação. Embora estivesse fora dos planos de Carille desde o fim do Brasileirão, ele só foi informado em meados de janeiro, depois de realizar toda a pré-temporada com o atual treinador. A essa altura, com o mercado interno em sua reta final, encontrar uma nova equipe para jogar se tornou mais difícil. A situação ocorreu exatamente da mesma forma com o volante Cristian em 2017, e ele só saiu em setembro para o Grêmio. Durante o período, os salários dele foram pagos pelos corintianos.
Com a vida organizada em São Paulo e um bom salário, então, Giovanni Augusto achou prudente esperar um pouco mais para definir o futuro. No ano passado, vale lembrar, o Corinthians tentou realizar uma troca por empréstimo com o Internacional, que topou enviar Valdívia. Na hora H, porém, foi Giovanni quem barrou a oportunidade e pediu mais uma chance no Parque São Jorge. Com muitas lesões e desempenho irregular, alternou boas partidas, quase sempre fora de casa, com outras nem tanto, geralmente em Itaquera. O melhor momento veio na reta final, com gol da vitória sobre o Atlético-PR.
Para convencer Carille de que deve ter chances, Giovanni Augusto tem fortíssima concorrência, mesmo apto a atuar em duas funções diferentes no atual sistema 4-1-4-1. Pela meia, há Rodriguinho, Jadson, Maycon, Camacho e Mateus Vital como alternativas. Pelas pontas, são sete opções: Romero, Clayson, Júnior Dutra, Marquinhos Gabriel, Lucca, Emerson Sheik e Pedrinho.
O Corinthians, vale lembrar, ainda tem duas vagas disponíveis no Paulistão e pode inscrever atletas até 23 de fevereiro. A ideia para uma dessas posições é adquirir um novo centroavante nas próximas três semanas. Para a última vaga, a atual diretoria fala em oportunidades de mercado ou necessidades que possam aparecer no percurso. Além de Giovanni, estão fora dos planos o goleiro Matheus Vidotto, os laterais Léo Príncipe e Moisés e os volantes Fellipe Bastos e Warian.
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